O que realmente é prioridade para os nossos governantes?

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Os últimos dados liberados pela Organização das Nações Unidas, a ONU, indicam que um terço da população mundial não tem acesso ao saneamento básico que inclui coleta de esgoto, de lixo e água tratada. No Brasil, em 2013, mais de duas mil pessoas morreram de diarreia, doença decorrente da falta de saneamento. Números que nem de longe se comparam aos da Índia onde foram registradas mais de 300 mil mortes por diarreia, principalmente de crianças. Os números também revelam que para cada um real investido em saneamento cerca de quatro reais deixam de ser gastos com internação e tratamento de pacientes doentes por conta da falta de saneamento.

Ao analisarmos estes números, nós, simples cidadãos, podemos pensar: os governos gastariam uma quantidade muito menor de dinheiro público retirando os esgotos das casas, coletando o lixo e disponibilizando água tratada para a população tendo como consequência, pessoas mais saudáveis, sadias, com maior potencial produtivo e menos faltas ao trabalho. Mas, ao contrário da lógica, parte da população brasileira sofre com a falta de saneamento e a péssima qualidade de vida sendo obrigada a procurar os hospitais públicos onde esperam por horas para serem atendidas, quando existem médicos para atendê-las. A consequência disto é uma vida de dor e sofrimento, de baixa produtividade no trabalho e faltas sucessivas e os governos gastando bilhões de reais em saúde de forma equivocada por conta da falta de planejamento.

Infelizmente, a lógica de pensamento do político profissional é a seguinte: construir hospitais e distribuir remédios gratuitamente para a população proporcionam mais dividendos políticos, os votos, do que colocar rede de esgoto nas casas ou coleta de lixo diária, afinal, o esgoto pode ser despejado em uma fossa negra e o lixo jogado em um terreno baldio ou no rio mais próximo.

Em nosso país, antes de qualquer mudança de atitude deve existir a mudança de mentalidade. Devemos nos desgarrar desta cultura doentia de corrupção que está entranhada nas raízes da nossa sociedade onde os três poderes da nação decidem entre eles seus próprios ganhos e benefícios legalizando a imoralidade, deixando a míngua milhões de brasileiros sem o mínimo de infra estrutura, obrigação do Estado. Quantos milhares de brasileiros poderiam estar vivos se os bilhões de reais desviados somente da Petrobrás fossem aplicados em infraestrutura de saneamento básico e saúde? Qual a diferença destas pessoas para os grandes genocidas de nossa história como Hitler, Stalin, Kadaf ou o Sadan além da forma de condenar as pessoas à morte? Cada centavo roubado dos cofres públicos é um centavo a menos investido para a sociedade.

Estamos ficando sem perspectivas. O que esperar de uma reforma política feita por políticos? Fiz um pequeno passeio no site do Tribunal Superior Eleitoral onde estão disponibilizados alguns salários de seus servidores. Encontrei salários de 250, 350 e até mesmo 750 mil reais! Como diria o Galvão Bueno: “Pode isto Arnaldo?”. Enquanto isto a divida interna brasileira aumenta a cada dia e as contas deficitárias. Este nosso modelo falido de administração pública e gestão política de favores, carteiradas e corrupção vai levar nosso país à falência!

Quem é Alexandre Sylvio Vieira da Costa?



– Nascido na cidade de Niterói, RJ;
– Engenheiro Agrônomo Formado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro;
– Mestre em Produção Vegetal pela Embrapa-Agrobiologia/Universidade Federal Rural do
Rio de Janeiro;
– Doutor em Produção Vegetal pela Universidade Federal de Viçosa;
– Pós doutorado em Geociências pela Universidade Federal de Minas Gerais;
– Foi Coordenador Adjunto da Câmara Especializada de Agronomia e Coordenador da
Comissão Técnica de Meio Ambiente do CREA/Minas;
– Foi Presidente da Câmara Técnica de eventos Críticos do Comitê da Bacia
Hidrográfica do Rio Doce;
– Atualmente, professor Adjunto dos cursos de Engenharia da Universidade Federal dos
Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Campus Teófilo Otoni;

– Blog: asylvio.blogspot.com.br
– E-mail: alexandre.costa@ufvjm.edu.br

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