Reconhecimento poderá ampliar exportações internacionais. Estado possui um plantel com 3,2 milhões de suínos.
O Estado de Minas Gerais é certificado nacionalmente como livre de peste suína clássica pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), desde 2001. O estado busca, agora, ampliar as vendas no mercado externo, principalmente para a União Europeia. Para tanto, representantes do setor produtivo suinícola mineiro e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) participaram, em Brasília, de reunião do Departamento de Saúde Animal do MAPA sobre o reconhecimento internacional da zona livre de peste suína clássica pela Organização Internacional de Epizotias (OIE). Na oportunidade, discutiram estratégias que vão permitir ao estado solicitar o reconhecimento internacional de área livre da doença.
“O reconhecimento internacional de zona livre de peste suína clássica, além de nos permitir ampliar as exportações e gerar mais renda para o estado, demonstrará a responsabilidade e o cuidado que Minas tem mantido na área de defesa sanitária. Para que o estado possa solicitar este reconhecimento foi necessário uma série de procedimentos que comprovam o sistema de vigilância da doença em Minas, como a coleta de soro de reprodutores em frigoríficos e o atendimento pelo IMA à notificação de suspeita de doenças”, ressalta a fiscal agropecuária do IMA e uma das responsáveis pelo Programa Estadual de Sanidade Suídea, Claudia Ziviani.
Minas ocupa o 1º lugar em exportação de genética para o mercado doméstico – Foto: Divulgação/IMA
Exportação de genética
Minas Gerais possui um plantel com 3,2 milhões de suínos em 1,2 mil granjas, sendo 32 delas Granjas de Reprodutores de Suínos Certificadas (GRSC). Além disso, Minas ocupa o primeiro lugar nacional em exportação de genética para o mercado doméstico. “Após a obtenção do reconhecimento, continuaremos o trabalho de vigilância ativa e de qualidade de nossos suídeos. Somos o quarto produtor e exportador da carne no Brasil, mas o fato de sermos o primeiro em exportação de genética no mercado interno, nos motiva a buscar melhorias contínuas nas granjas, a fim de aumentar a produção e, consequentemente, a venda da carne suína para outros países”, argumentou.
Em 2014, Minas exportou 42 mil toneladas, com receita bruta de U$ 156, 8 milhões. O Brasil exportou 490 mil toneladas com faturamento de US$ 1,6 bilhão. A Rússia é o principal destino do produto brasileiro, com 51% do consumo, seguido da China, 17,6% e de Singapura, 6%. (Agência Minas)