Dois anos com salários defasados, FGTS em atrasado, sem pagamento do 13º salário ou mesmo INSS, esta é a situação do Hospital São Vicente, em Malacacheta, como denunciado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Teófilo Otoni (SITESSTOR), por meio do presidente Gilberto Nascimento Reis.
Temendo o fechamento do hospital em Malacacheta (que remete a situação do São Lucas em Teófilo Otoni), o presidente do sindicato saiu em defesa dos funcionários da unidade hospitalar. Segundo Gilberto Nascimento, o hospital possui um número reduzido de funcionários para uma demanda muito grande de serviço.
“Estamos preocupados com a situação em Malacacheta, porque o sindicato representa os funcionários do São Vicente daquele município. Inclusive, a diretoria daquele hospital não está oferecendo condições de gerir a unidade. Os funcionários estão há mais de dois anos com salários atrasados, ou seja, sem reajuste, inclusive estão sem receber o FGTS do ano de 2013, sem o 13º salário do ano passado, o INSS não é pago e outras verbas trabalhistas que não estão em dia”, informou.
Ainda segundo Gilberto Nascimento, a maior preocupação é com o possível fechamento do hospital.
“Nossa maior preocupação é que o Hospital São Vicente possa fechar a qualquer momento dando um prejuízo maior para os trabalhadores, os munícipes daquela região, bem como, Teófilo Otoni. Sabemos que se o hospital de Malacacheta fechar os pacientes virão para Teófilo Otoni. Isso irá sobrecarregar a Saúde do município e nós não sabemos qual será o resultado desta situação”, afirmou.
Sem acordo
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde, a situação de Malacacheta é grave. Para ele uma situação (tomada de decisão) administrativa interna pode culminar com dezenas de demissões e mais uma unidade hospitalar da região fechada.
“Procuramos por diversas vezes a diretoria do Hospital São Vicente de Malacacheta e não obtivemos resposta. Não sei se é por falta de conhecimento da Legislação, mas eles não querem discutir amigavelmente com o sindicato. Então o sindicato impetrou uma ação para tentar resolver essa situação o mais rápido possível. Infelizmente, vai ter que ser na Justiça, porque eles não querem diálogo para chegar a um resultado satisfatório. Entendemos que as coisas não precisam partir para esse lado, mas já que a diretoria não quer conversar, negociar, a lei nos dá esse parâmetro e estamos procurando a Justiça para assegurar a situação dos funcionários daquele hospital”, concluiu Gilberto Nascimento.
(Diário de Teófilo Otoni)