Justiça mantém prisão de médico acusado de estupro e importunação sexual em Itabira

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A Justiça negou, nesta quinta-feira (6/2/2025), o pedido de revogação da prisão de um médico mastologista de Itabira, cidade localizada no Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais, investigado pelos crimes de estupro e importunação sexual, além de outras infrações contra a dignidade sexual. As vítimas incluem pacientes, algumas em tratamento contra o câncer.

O acusado está em prisão preventiva desde a última terça-feira (4), após mandados judiciais de prisão e busca e apreensão serem cumpridos pela Polícia Civil. A detenção ocorreu a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Itabira.

O crime de estupro que resultou na prisão do médico ocorreu no dia 24 de janeiro, durante um atendimento em um hospital da rede pública do município. No mesmo dia, a vítima acionou a Polícia Militar e recebeu atendimento especializado. No entanto, o suspeito não foi localizado para ser preso em flagrante.

Com a divulgação do caso, outras mulheres, incluindo pacientes e funcionárias do hospital, prestaram depoimentos à Polícia Civil relatando situações semelhantes. Segundo a promotora de Justiça Marianna Michieletto, o relato mais antigo registrado data de 2015.

A 1ª Vara Criminal de Itabira justificou a decretação da prisão preventiva do suspeito com base na “garantia da ordem pública, diante da gravidade concreta do delito, supostamente praticado dentro de consultório, durante atendimento médico, bem como visando se evitar o cometimento de novos crimes”.

Nota do Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD)

O Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD) manifestou apoio às vítimas envolvidas no caso e informou que desde o dia 27 de janeiro determinou a suspensão imediata dos atendimentos, consultas e cirurgias realizadas pelo médico investigado, sem comprometer o tratamento das pacientes oncológicas.

A instituição reforçou que adotou outras medidas desde então:

  • Afastamento do profissional: o médico foi imediatamente retirado de suas funções até a conclusão das investigações;
  • Colaboração com as autoridades: o hospital está cooperando integralmente com os órgãos competentes;
  • Apoio às pacientes oncológicas: os atendimentos seguem normalmente, sem prejuízo às usuárias do serviço;
  • Processo administrativo: medidas jurídicas estão sendo adotadas para a abertura de um procedimento administrativo e notificação dos conselhos profissionais responsáveis.

O HNSD enfatizou que repudia qualquer conduta que possa prejudicar pacientes e que continuará colaborando com as investigações. A instituição ressaltou ainda que sua história de 165 anos é pautada pelo compromisso com a segurança e a ética profissional.

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