Foi na base do drama e do sofrimento que o Cruzeiro conquistou a classificação à segunda fase da Copa do Brasil. Em seu centésimo jogo no novo Mineirão, na noite desta quinta-feira (5/5), o time celeste suou a camisa para vencer o Campinense por 3 a 2, pelo jogo de volta da primeira fase. Allano, De Arrascaeta e Willian marcaram para os mineiros, enquanto Adalgiso Pitbull anotou os dois gols da equipe paraibana.
Na próxima fase da competição de mata-mata, a Raposa terá pela frente o Londrina, clube da Série B do Campeonato Brasileiro. O primeiro jogo ocorrerá na terça-feira, dia 10 de maio, no interior do Paraná. No dia 17, as equipes se enfrentam em Belo Horizonte.
Cruzeiro venceu o Campinense no Mineirão (Foto: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)
O jogo
Por causa do empate sem gols no jogo de ida na Paraíba, o Cruzeiro entrou em campo obrigado a vencer o Campinense. Geraldo Delamore, técnico interino, montou a equipe no 4-2-3-1, com Allano e Elber abertos pelas pontas e De Arrascaeta centralizado na armação. Nos primeiros minutos, muita pressão e troca de passes diante de um adversário totalmente retrancado. Em determinados momentos, a Raposa chegou a ter 64% de posse de bola. Depois de muita insistência, o estreante Lucas recebeu de Elber, foi à linha de fundo e cruzou. Allano e De Arrascaeta subiram juntos e a bola ganhou as redes: 1 a 0. No intervalo da partida, o camisa 35 justificou o lance e deu a entender que o gol era seu. “Senti a bola batendo na minha cabeça por último”, disse Allano.
O jogo parecia se encaminhar para uma goleada, mas o Campinense equilibrou as ações a partir dos 30 minutos. Os paraibanos se aproveitaram do nervosismo cruzeirense e colocaram a bola no chão. Aos 31min, Reginaldo Júnior perdeu oportunidade incrível ao, de dentro da grande área, errar o chute. Já Adalgísio Pitbull, seu colega de ataque, fez diferente. Aos 39min, o centroavante não desperdiçou o passe açucarado do zagueiro Tiago Sala e tocou por cima de Fábio: 1 a 1. Vaias dos torcedores celestes, já que, naquele momento, quem se classificava à segunda fase era o time nordestino.
Apesar da falta de criatividade de seus comandados em determinados momentos, Geraldo Delamore manteve a formação para o segundo tempo. A insatisfação do torcedor durou pouco, pois aos 4min o uruguaio De Arrascaeta acertou bela cobrança de falta no ângulo e recolocou o Cruzeiro em vantagem: 2 a 1. O gol contagiou a equipe, que criou outras duas chances antes dos 10min do segundo tempo. Primeiro, Elber fez jogada individual, driblou dois adversários e chutou fraco à direita. Depois, Willian arriscou da entrada da grande área e exigiu grande defesa do goleiro Gledson.
Somente aos 17min é que Delamore realizou a primeira substituição no Cruzeiro. Rafael Silva, artilheiro do time em 2016 com seis gols, substituiu Allano. Depois de alguns momentos sem emoção, a Raposa voltou a balançar a rede aos 30min. Num contra-ataque, Willian recebeu de Elber e, livre de marcação, tocou rasteiro para o fundo do gol. Com o lance, o camisa 9 quebrou o jejum na temporada e se tornou o maior artilheiro isolado da Raposa no novo Mineirão, com 23 gols em 66 jogos.
Com vantagem de 3 a 1, o Cruzeiro relaxou e quase viu tudo a perder aos 42min, quando Adalgísio Pitbull bateu cruzado e diminuiu para o Campinense: 3 a 2. Na base do abafa, o time paraibano se lançou ao ataque em busca do empate. O goleiro Gledson foi para a área tentar o empate, mas viu a situação se complicar quando Bruno Ramires cortou o lance. No contra-ataque, Pisano foi derrubado pelo próprio Gledson, que recebeu cartão vermelho. Como o Campinense já tinha feito as três substituições, Reginaldo Júnior teve que ir para o gol. A falta cobrada por Sánchez Miño, porém, parou na barreira. O apito final do árbitro Bruno Arleu de Araújo proporcionou aos mais de 10 mil cruzeirenses um misto de alívio pela vaga na segunda fase e de revolta em função da vitória apertada diante de um adversário que briga para disputar a Série D.
(Fonte: Super Esportes)