A Solatio Energia, multinacional espanhola, vai investir cerca de R$ 3,4 bilhões na produção de energia solar em Minas Gerais. Com o apoio do Governo do Estado, a empresa vai instalar em território mineiro, quatro plantas de geração de energia fotovoltaica, uma delas em Pirapora, no Norte de Minas, classificada como a maior usina solar da América Latina e a terceira no ranking mundial.
As outras plantas serão implantadas em Guimarânia (Alto Paranaíba), Vazante e Paracatu (Noroeste do estado). A escolha de Minas Gerais para novos projetos, segundo o presidente da empresa, Pedro Vaquer, se deve à localização das áreas, potencial de radiação solar e infraestrutura elétrica. A Solatio também já opera em outras regiões do Brasil.
De acordo com o presidente da Solatio, as quatro usinas de Minas Gerais somam 650 megawatts de potência instalada, o que representa 20% de toda a energia solar contratada pela empresa no Brasil. As plantas mineiras terão capacidade de produzir cerca de 1,5 milhão de megawatts/hora por ano de energia.
Geração de empregos
O empreendimento total da Solatio em Minas Gerais vai gerar, na fase de construção, aproximadamente 3 mil empregos diretos e outros 500 quando entrar em operação. A primeira usina a entrar em funcionamento será a de Pirapora, em agosto de 2017.
Com potência instalada de 297 megawatts, a planta de Pirapora é considerada uma megausina de geração de energia solar. O projeto contará com investimentos da Solatio e da Canadian Solar no valor de R$ 1,6 bilhão e, na fase de construção, tem previsão de abrir cerca de 2 mil postos de trabalho. Quando entrar em operação, o empreendimento vai gerar 150 empregos.
Placas captam a luz solar e transformam em energia – Foto: Renato Cobucci/Imprensa MG
Parques solares
Os parques solares são grandes áreas de produção de energia que vendem este recurso para empresas e concessionárias como a Cemig. Eles podem ser viabilizados a partir de leilões federais ou estaduais.
Em agosto deste ano, será realizado o primeiro leilão estadual para selecionar as empresas que serão produtoras de energia suficiente para alimentar o consumo médio de 120 mil famílias. O investimento total será de mais de R$ 1 bilhão.
As regiões com mais potencial para receber o empreendimento são: Norte, Noroeste e Triângulo Mineiro, por causa da quantidade e intensidade da luz do sol. O número de parques e empresas será definido no leilão. A previsão é que os parques estejam em funcionamento até 2017.
Potencial
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), Altamir Rôso, destaca a característica de crescimento sustentável do investimento. “Além de investir na diversificação da matriz energética de Minas Gerais, o aporte também trará para o estado uma significativa geração de empregos, contribuindo para o estímulo da economia local num momento tão fundamental”, reforçou.
A Sede teve papel decisivo na atração desses investimentos para o estado. Por meio de articulação com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), o processo da obtenção de licença para os parques fotovoltaicos se tornou mais célere, facilitando assim a vinda de empresas desse porte para Minas Gerais, gerando mais emprego e renda.
Financiamento
A Sede informou, ainda, que estuda a viabilização, junto com instituições financeiras, de linhas de financiamento para a instalação de placas fotovoltaicas em empresas e órgãos públicos, que passarão a gerar a própria energia.
Além disso, o governo está criando medidas para que as fábricas das placas que produzem energia elétrica a partir da luz do sol sejam instaladas em Minas, com a geração de mais negócios e empregos. Com isso, a Sede espera redução do preço da instalação e popularização do uso da energia solar fotovoltaica. (Agência Minas)