Anglo American coloca 200 empregados de férias em Conceição do Mato Dentro

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A Anglo American deu férias de 20 dias para cerca de 200 empregados da região de Conceição do Mato Dentro no do dia 5 de outubro. Segundo a empresa, a medida faz parte de uma estratégia de ajuste de custo e adequações operacionais da empresa face à realidade do cenário atual do mercado de minério de ferro.

Ainda de acordo com a mineradora, a decisão também reflete “dificuldades nos processos administrativos sob responsabilidade do município, que desnecessariamente complicam o andamento planejado dos negócios”.

A notícia causou certo alvoroço nas redes sociais nos últimos dias. De acordo com o Sindicato Metabase de Itabira e região, a empresa decidiu ainda suspender algumas contratações, bem como as terceirizadas.

Secretário de Meio Ambiente

O secretário de Meio Ambiente e Gestão Urbana de Conceição do Mato Dentro, Sandro Heleno, divulgou uma nota sobre o assunto no site da Prefeitura. O informe extenso e cheio de detalhes técnicos explica o passo a passo de vários processos de licenciamento, inclusive as últimas etapas de expansão da mina.

Segundo a declaração oficial do secretário, após uma reunião em Diamantina, o Conselho Municipal de Meio Ambiente (Codema) de Conceição se reuniu para discutir a Declaração de Conformidade Ambiental da Etapa 3, a mais recente solicitação de licenciamento feita pela Anglo American para otimizar a mina, que prevê 30 anos de operação.

O secretário, sob o argumento da existência de fatos novos no processo, afirma que alterou seu parecer técnico a respeito do pedido de licenciamento da referida etapa, “concluindo que há impedimento legal ao requerimento”, e sugeriu ao Codema a emissão de Declaração de não Conformidade Ambiental.

Recomendou ainda que o Codema notificasse o prefeito, bem como o órgão licenciador, pela retificação da Declaração de Conformidade Ambiental (Anuência) referente à Etapa 2. O parecer sobre a Etapa 3 acabou retirado da pauta de votações do Conselho Municipal de Meio Ambiente.

“Uma vez o Município chamado pelo órgão licenciador a cumprir seu papel de gestor de território, caberá fazê-lo sem privilegiar segmentos da sociedade em detrimento de outros. O empreendimento pode e deve continuar, desde que acolhidos os compromissos com a sociedade conceicionense”, afirmou Sandro. (Defato)

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