No próximo domingo, 27 de setembro, será celebrado o Dia Nacional de Doação de Órgãos. Em Minas Gerais, o complexo MG Transplantes, responsável pela coordenação de doação de órgãos e a sua destinação para transplantes, promove uma campanha de conscientização chamada “Brasil Verde”, em que alguns monumentos e instituições foram iluminados na cor verde (que representa a doação de órgãos) nas principais cidades mineiras para chamar a atenção da população para a doação.
Atualmente, existem em Minas Gerais três mil pessoas na fila de espera para receber algum órgão. Há uma lista única de pacientes aguardando para a realização do transplante. A ordem é definida pelos seguintes critérios: urgência, compatibilidade de grupo sanguíneo, compatibilidade anatômica (tamanho do órgão e do paciente), compatibilidade imunológica, idade do paciente e tempo de espera, dentre outros.
Para ser um doador, o passo principal é informar o desejo à família. Não é necessário deixar nenhum documento por escrito. A família é que deve autorizar a doação após o falecimento do interessado.
Doações de órgãos permitiram 1.463 transplantes no ano 2015 – Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG
De janeiro a agosto de 2015, foram feitos 1.463 transplantes (córneas, rins, fígado, coração e rim/pâncreas) no estado. Com uma avaliação médica da história clínica da pessoa, é possível que ela doe órgãos mesmo viva. Para isso, é necessário que essa doação não represente problema de saúde para o doador e também que preencha os seguintes requisitos:
– Ser um cidadão juridicamente capaz, maior de idade;
– Estar em condições de doar o órgão ou tecido sem comprometer a saúde e aptidões vitais;
– Apresentar condições adequadas de saúde, avaliadas por um médico que afaste a possibilidade de existir doenças que comprometam a saúde durante e após a doação;
– Querer doar um órgão ou tecido que seja duplo, como o rim, e não impeça o organismo do doador continuar funcionando;
– Ter um receptor com indicação terapêutica indispensável de transplante;
– Ser parente de até quarto grau ou cônjuge. No caso de não parentes, a doação só poderá ser feita com liberação pelo comitê de ética da instituição onde será realizado o procedimento, além da autorização judicial.
Os órgãos que podem ser doados em vida são rim, medula óssea, fígado e pulmão (apenas parte dele, em situações excepcionais). Já do doador falecido, em morte encefálica (morte do cérebro) podem ser transplantados todos os órgãos e tecidos: córneas, coração, pulmões, rins, fígado, pâncreas, intestino, ossos, pele e tecidos musculares (o MG Transplantes ainda não faz captação de tecidos músculo-esqueléticos e pele).
Se o caso for de morte com o coração parado, podem ser doados apenas tecidos oculares e pele até seis horas após a parada cardíaca..
“Sobre o doador que está em morte encefálica, o principal desafio é fazer os familiares entenderem que a morte encefálica não é coma, ela não tem volta. A doação é uma atitude de solidariedade e fraternidade, mas infelizmente muitas pessoas ainda não entendem a sua importância”, diz o diretor do MG Transplantes, Omar Lopes.
Sobre o MG Transplantes
O Complexo de MG Transplantes é composto por centros de notificação, captação e distribuição de órgãos na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Zona da Mata, Sul, Oeste, Norte/Nordeste e Leste do estado. É responsável por coordenar a política de transplantes de órgãos e tecidos, regulando o processo de notificação, doação, distribuição e logística, avaliando resultados e capacitando hospitais e profissionais afins nas atividades relacionadas à doação de órgãos e tecidos..
Mais informações:
Linha de orientação à população 08000-283-7183
E-mail: mgtransplantes@saude.mg.gov.br
Endereço: Avenida Professor Alfredo Balena 400/1º andar, bairro Santa Efigênia, Belo Horizonte
Telefone: (31) 3219-9200 e 3219-9211