Penitenciária doa 30 cabeças de gado para a Apac de Teófilo Otoni

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Num exemplo inovador de colaboração, a Penitenciária de Teófilo Otoni vai doar cerca de 30 cabeças de gado para o Centro Reintegração Social (CRS) da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac). O vice-presidente da Apac, Roberto Costa, explica que pretende vender o gado para comprar um veículo de transporte de reeducandos do CRS. Já para a penitenciária, a doação faz parte do descarte habitual de animais não produtivos (machos e reses de baixa produtividade), uma vez que os detentos se dedicam à produção de leite.

A penitenciária de Teófilo Otoni é uma das 150 unidades da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), ao passo que o CRS de Teófilo Otoni é uma das 33 unidades do Modelo Apac de Minas Gerais, geridas pela sociedade civil e mantidas por repasses da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds).

O CRS de Teófilo Otoni não tem espaço físico para desenvolver atividades agrícolas. Já a penitenciária da Suapi/Seds produz uma média de 40 a 100 litros por dia ao longo do ano. Cinco presos do regime semiaberto trabalham na ordenha e no manejo do gado. “Acordamos às 4h da manhã, ordenhamos as vacas e fazemos a manutenção das cercas”, explica o detento Raimundo Silva, de 42 anos, criado na zona rural.

Todo o leite coletado é entregue diariamente ao pequeno fabricante de queijos Ney Teles, que remunera a penitenciária com metade das peças produzidas. Segundo o diretor da unidade, Ademilson Rodrigues, não há dificuldade para vender os queijos, a maioria para servidores da própria penitenciária. O faturamento é realizado por meio de Documento de Arrecadação Estadual (DAE), retornando na forma de investimentos em oportunidades de ressocialização no sistema prisional.

Penitenciária doa gado para a Apac de Teófilo Otoni – Foto: Carlos Alberto/ Imprensa MG

Ampliação de vagas

A Penitenciária de Teófilo Otoni contabiliza atualmente 56% de presos trabalhando, num leque de atividades que incluiu alfaiataria, artesanato, limpeza, manutenção e horta.

Mas é justamente na vertente rural que devem nascer duas novas frentes de trabalho no estabelecimento prisional. “Estamos desenvolvendo projetos em parceria com o Instituto Estadual de Florestas (IEF). Um focará o cultivo de plantas nativas para recuperar áreas desmatadas na região. O outro se trata da recuperação, em viveiros, de animais ameaçados ou em extinção”, revela Ademilson.

Penitenciária doa gado para a Apac de Teófilo Otoni – Foto: Carlos Alberto/ Imprensa MG

(Fonte: SEDS-MG / Dayana Silva)

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