Governador anuncia investimentos pelo Funcafé e na área da saúde ao instalar o Fórum de Governo do Caparaó em Manhuaçu.
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, anunciou neste sábado (15/8) em Manhuaçu, durante a instalação do Fórum Regional de Governo – Território do Caparaó, a liberação de R$ 143,5 milhões para os produtores e cooperativas de produção do estado por meio do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). Pimentel também destacou a retomada de importantes obras para a região, como as de melhoria do aeroporto de Manhuaçu e a renovação de convênios na área da saúde.
Ao apresentar os investimentos na área da cafeicultura na região, a segunda maior do Estado, o governador ressaltou a importância de valorizar as potencialidades locais e resolver os problemas de cada território. “Para governar um Estado tão diversificado, tem de ir aos lugares, tem de chegar perto das pessoas, entender os problemas delas, estar juntos e ter capacidade de ouvir e humildade para escutar. E o Fórum Regional é exatamente para isso”, afirmou.
A assinatura da liberação dos investimentos no setor da cafeicultura foi feita pelo governador Fernando Pimentel e pelo diretor-presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Marco Aurélio Crocco Afonso – que começou a operar o Funcafé em 2014. Serão R$ 40 milhões para estocagem e R$ 30 milhões para o Financiamento para Aquisição de Café (FAC).
Outros R$ 73,5 milhões serão destinados para capital de giro, dos quais R$ 30 milhões para as indústrias de torrefação e R$ 43,5 milhões para as cooperativas. O Funcafé foi criado em 1986 e é gerenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, tendo como principal objetivo o financiamento, modernização, incentivo à produtividade da cafeicultura, da indústria e da exportação, além do desenvolvimento de pesquisas.
Governador Fernando Pimentel e liderança durante instalação do Fórum de Governo em Manhuaçu – Foto: Marcelo Sant’Anna / Imprensa de Minas Gerais
Saúde e obras
Pimentel também anunciou a renovação de dois convênios com o Hospital César Leite. Cerca de R$ 1,38 milhão será destinado para custeio e investimentos em equipamentos e materiais de uso permanente e de consumo para a UTI pediátrica. Outros R$ 477 mil irão para a construção da UTI neonatal.
O governador reforçou a dificuldade financeira do Estado deixada pela gestão anterior e assumiu o compromisso de trabalhar para resolver as pendências. “Temos dois convênios que estão parados e nós vamos retomá-los. Um é para UTI neonatal e para UTI pediátrica. Mas só isso não resolve. O principal é a retomada do Hospital César Leite”, afirmou.
Ainda segundo o governador, uma das prioridades de seu governo é implementar o Serviço Móvel de Urgência (SAMU) na região. “Tem de ter o serviço de emergência. Aqui é uma região estratégica do ponto de vista logístico e rodoviário e não temos o SAMU até hoje. Então, essa é uma prioridade que nós vamos ter de tocar”, garantiu.
Pimentel também destacou a retomada, em julho, das obras de melhoria do aeroporto de Manhuaçu, com investimentos de R$ 560 mil. As intervenções incluem balizamento, plano básico da zona de proteção e aeródromo e homologação para voos a noite. A conclusão está prevista para outubro deste ano.
Atração de investimentos
O governador também defendeu, em seu discurso, a retomada do crescimento econômico da região, que sofre com a perda de investimentos para estados vizinhos. “A Zona da Mata está perdendo investimentos para outros estados em função da diferença de tributação. Criamos uma comissão da Secretaria da Fazenda com representação dos empresários, da Federação das Indústrias, da associação comercial e da associação de municípios para, em um prazo de 90 dias, apresentar propostas de alteração da legislação tributária e resolver esse problema da evasão de empresas. É uma demanda justa e tem de ser resolvida”, disse.
Também estiveram presentes no evento secretários de Estado, deputados federais e estaduais, presidentes de autarquias, fundações e empresas do governo estadual, além de prefeitos, vereadores, movimentos sociais e lideranças locais. (Agência Minas)