Secretaria de Estado de Saúde esclarece mitos sobre a vacina contra a gripe

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Especialistas da SES-MG reforçam a segurança e a eficácia da vacina, que contribui para a redução de internações e mortes por conta da doença

Como todas as vacinas, a vacina contra gripe passa por processos criteriosos de estudo, pesquisa, testes e acompanhamento que avaliam não apenas sua eficácia, mas também sua segurança para o uso das pessoas. A fim de esclarecer e desmistificar boatos que podem preocupar as pessoas que precisam ser vacinadas, as coordenadoras de Imunização e de Doenças e Agravos Transmissíveis da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Tânia Brant e Janaína Almeida, esclarecem dúvidas relacionadas à vacina contra gripe e lembram que o maior objetivo da campanha é evitar complicações e mortes causadas pela doença.

A vacina contra a gripe é atualizada a cada ano, de acordo com recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e após a observação de dados epidemiológicos que indicam quais tipos de vírus estão em maior circulação e que potencialmente podem causar mais casos da doença nos períodos de outono e inverno.

Estudos demonstram que as campanhas de vacinação contra gripe podem reduzir em até 45% o número de internações por doenças respiratórias. Além de reduzir de 39% a 75% a mortalidade nos grupos vacinados. A vacina disponível na rede pública para a campanha de 2015 é trivalente e protege contra o vírus Influenza A (H3N2); Influenza A (H1N1) e Influenza B.

A coordenadora de Imunização da SES- MG, Tânia Brant, explica que não há a possibilidade de a vacina causar gripe e não há indícios de que provoque outras doenças, como o autismo. “Como a vacina é feita com vírus morto e, além disso, estratificado, não tem a possibilidade de causar a gripe. Quanto a outras doenças, não temos relatos científicos de que possa causá-las”, ressalta.

Sobre a presença de mercúrio na composição da vacina, a coordenadora Estadual de Doenças e Agravos Transmissíveis, Janaína Almeida, esclarece que o mercúrio, em forma de timerosal, é usado para evitar o crescimento de fungos ou bactérias no frasco já aberto da vacina, mas está em uma quantidade muito pequena e sem riscos para a saúde. “Estudos realizados em todo o mundo demonstram que o timerosal, desde 1930, tem sido amplamente utilizado como conservante em uma série de produtos biológicos, incluindo muitas vacinas. Portanto, este quantitativo presente nas vacinas, por consenso da Organização Mundial da Saúde, não causa qualquer tipo de reação adversa no organismo humano que contraindique sua utilização”, explica.

Em relação às reações alérgicas em função da vacina, Tânia Brant alerta que apenas não devem ser vacinadas: pessoas que tem alergia a ovo, já que na composição da vacina há proteínas do ovo de galinha; e pessoas com história de reação anafilática em doses anteriores da vacina ou alergias a qualquer outro componente.

Exceto nesses casos, a referência da SES-MG afirma que as reações adversas são em sua maioria locais, podendo surgir um pequeno mal-estar pós-vacinação devido à resposta imunológica do próprio organismo, mas sem maiores complicações. “A maioria dos eventos adversos são locais, com cerca de 15% a 20% do total de vacinados apresentando reação local da injeção, sendo reações benignas, auto limitadas e geralmente resolvidas em 48 horas. Manifestações sistêmicas como febre, mal-estar e mialgia podem iniciar de seis a 12 horas após a vacinação e persistem por um a dois dias. Também são benignas, não deixam sequelas e ocorre em menos de 1% dos vacinados”, conclui. (Agência Minas)

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