Em caso de acidentes, a pessoa deve ser encaminhada o mais rápido possível para o hospital que tenha soro antipeçonhento
O calor intenso e as chuvas frequentes no verão tornam o ambiente propício à proliferação de animais peçonhentos. A Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) alerta que os acidentes causados por esses animais tendem a aumentar entre os meses de janeiro e março, seja na zona rural ou urbana, e sofrem influência de atuais desequilíbrios ecológicos.
Os animais peçonhentos são reconhecidos como aqueles que produzem ou modificam algum veneno e possuem algum aparato para injetá-lo na sua presa ou predador – Foto: Divulgação/Funed
O período de férias e as atividades de campo das pessoas, envolvendo agricultura e ecoturismo, também deixam a população mais exposta aos acidentes. A faixa etária mais acometida é entre 20 e 65 anos de idade. Os agentes de endemias e zoonoses recomendam que as residências, estabelecimentos comerciais e depósitos devem periodicamente realizar ou colaborar com os serviços constantes de limpeza, roçada e capina, remoção de lixo, entulhos, água parada e galhadas, que reduzem drasticamente a infestação de animais peçonhentos.
De acordo com a referência técnica de Acidentes com Animais Peçonhentos da Superintendência Regional de Saúde (SRS), Patrícia Brito, o cuidado deve ser redobrado dentro das residências. “É muito comum o ataque de escorpiões às pessoas dentro das residências, isso acontece porque o animal está à procura de alimento, como baratas, e pode ficar escondido dentro de armários e debaixo de camas. A população deve ficar atenta e verificar os cômodos da casa sempre que possível, vedar frestas e ralos de banheiros”.
Saiba como proceder
Em caso de acidentes, a pessoa deve ser encaminhada o mais rápido possível para o hospital que tenha soro antipeçonhento. Durante o socorro, ela deve se mover o mínimo possível. A Secretaria de Saúde ainda orienta que o local da picada deve ser lavado apenas com água e sabão. Nunca colocar outras substâncias como urina, cachaça, borra de café, em nenhum tipo de acidente por animal peçonhento, pois esta prática pode ocasionar complicações como infecção.
Os animais peçonhentos são reconhecidos como aqueles que produzem ou modificam algum veneno e possuem algum aparato para injetá-lo na sua presa ou predador. Os principais animais peçonhentos que causam acidentes no Brasil são algumas espécies de serpentes, de escorpiões, de aranhas, de lepidópteros (mariposas e suas larvas), de himenópteros (abelhas, formigas e vespas), de coleópteros (besouros), de quilópodes (lacraias), de peixes, de cnidários (águas-vivas e caravelas), entre outros. Os animais peçonhentos de interesse em saúde pública podem ser definidos como aqueles que causam acidentes classificados pelos médicos como moderados ou graves. (Agência Minas)