Local abriga o terceiro maior ecossistema de lagos do Brasil. Vencedor ganha viagem como prêmio
O Comitê Permanente da Convenção de Ramsar, entidade ligada à Unesco, lançou um concurso fotográfico mundial para despertar a atenção para a preservação de Áreas Úmidas de Importância Internacional. O Parque Estadual do Rio Doce, localizado no Vale do Aço, foi um dos escolhidos para o concurso. O parque está entre oito locais do país com este título. Para participar, os visitantes do com idades entre 15 e 24 anos, devem tirar fotos das áreas úmidas da unidade de conservação com câmera digital ou celular e enviá-las até o dia 2 de março para o site www.worldwetlandsday.org. O vencedor ganhará uma viagem para visitar uma área úmida escolhida por ele.
O vencedor do concurso ganhará uma viagem como prêmio – Foto: Evandro Rodney/Agência Minas
O Parque do Rio Doce, administrado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), é uma área de preservação e está inserida em uma região que se configura como o terceiro maior ecossistema composto por lagos do Brasil, perdendo apenas para o Pantanal e a Amazônia. Somente em seu interior, abriga 40 lagos naturais, dentre eles, destaca-se a Lagoa Dom Helvécio, com 6,7 Km2 e profundidade de até 32,5 metros. As lagoas abrigam uma grande diversidade de peixes, que servem de importante instrumento para estudos sobre a fauna aquática nativa. A Mata Atlântica, bioma que domina a unidade é o habitat de animais ameaçados de extinção como a onça pintada e o mono-carvoeiro, maior primata das Américas.
Em todo mundo 158 países abrigam 1.757 sítios com título de Aéreas Úmidas de Interesse Internacional, dado pela Convenção de Ramsar. O Brasil está em quarto colocado no ranking mundial e possui oito zonas. O Parque do Rio Doce é o único representante do Sudeste. As zonas úmidas são áreas de pântanos, charcos e turfas, e corpos de água, naturais ou artificiais, permanentes ou temporários, contendo água parada ou corrente, doce, salobra ou salgada. O objetivo de oferecer o título e listar as áreas é favorecer atenção a sua conservação e a seu uso sustentável. (Agência Minas)