Produção de energia na Hidrelétrica de Três Marias não preocupa Cemig

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Reservatório da usina está em apenas 2,6% de sua capacidade. Mesmo com baixo volume, companhia comemora estabilidade na redução.

O nível de água no reservatório da Usina Hidrelétrica de Três Marias, na região Central de Minas Gerais, está em apenas 2,6% de sua capacidade, nesta quinta-feira (19), de acordo com dados publicados diariamente pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), operadora da Usina. Este registro está bem próximo do índice mais baixo registrado em novembro, 2,57%.

Apesar do baixo volume de água no reservatório, a Cemig diz que ainda não existe a preocupação com a produção de energia em Três Marias, “pois é só o começo da estação das chuvas que se estende até abril de 2015. Isto se tivermos um ano dentro da normalidade”.

Reservatório está com 2,6% da capacidade (Foto: Reprodução)

Um dos motivos para o registro de pouca água na represa pode estar ligada ainda a falta de chuvas na região de Três Marias, segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). “Aqui ainda não falamos em período chuvoso, pois temos locais que ainda não foi registrado nenhuma gota de chuva. Até mesmo os dados pluviométricos não são condensados porque as chuvas acontecem de forma isolada”, explica o extensionista Magno Gomes da Rocha.

Existe ainda o equilíbrio do volume afluente e defluente, água que entra e sai da represa, respectivamente. “Este equilíbrio evitou que o nível chegasse a 0%. E mesmo assim, ainda teríamos cerca de 4 bilhões de metros cúbicos no reservatório, mas não havia a certeza de como seria a produção de energia em Três Marias”, explica o gerente de planejamento da Cemig, Marcelo de Deus.

Desde o dia 4 de outubro, a vazão defluente do reservatório é de 120 metros cúbicos por segundo, abaixo dos 140 planejados no início deste ano. Esta medida seria para perenizar o Rio São Francisco e evitar o desabastecimento humano em cidades abaixo da represa que margeiam o Velho Chico, além de garantir a irrigação no Projeto Jaíba.

Mas, de acordo com o gerente de planejamento, a companhia quer reduzir ainda mais o volume defluente da represa. “Todos os municípios abaixo se adaptaram para a situação, inclusive o projeto Jaíba. Isso inclui projetos de captação de água flutuante. Gostaríamos de diminuir justamente para aumentar o nível do reservatório em Três Marias”, explica. (G1)

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