Militares são presos com materiais pornográficos infantis em Diamantina e Corinto

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Coordenadoria Estadual de Crimes Cibernéticos teve acesso a imagens que registram os abusos. Alguns crimes aconteceram ainda na década de 90


Uma operação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) levou à prisão de dois policiais militares da reserva suspeitos de estuprar menores de idade. As investigações tiveram início depois que o órgão teve acesso a várias imagens dos crimes, alguns ocorridos há muitos anos.

A ação foi deflagrada na terça-feira nas cidades de Diamantina e Corinto. De acordo com o promotor Mário Konichi, da Coordenadoria Estadual de Crimes Cibernéticos, a Corregedoria da PM recebeu dispositivos que continham as imagens e os repassaram ao MPMG. “As investigações começaram há pouco mais de um mês, quando recebemos na Coordenadoria nove pendrives. Nesses, havia vídeos e fotos”, explica. “Identificamos dois ex-policiais militares, hoje na reserva, em cenas de sexo com crianças e adolescentes”.

As apurações levaram a coordenadoria a identificar os suspeitos e foram abertos dois procedimentos para cada um deles. Eles obtiveram mandados de busca e apreensão e prisão preventiva contra o suspeito de Corinto. No caso do morador de Diamantina, como foi possível identificar que alguns crimes registrados prescreveram, o MP obteve um mandado de busca e apreensão.

A operação começou às 7h e terminou por volta das 23h30. Com o apoio do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) de Sete Lagoas, a equipe da Coordenadoria Estadual de Crimes Cibernéticos cumpriu os mandados em Corinto. Em Diamantina, juntamente com a PM da cidade, foram localizados computadores, HDs e outros materiais. Durante a análise, foi constatado que eles armazenavam pornografia infantil, e o proprietário foi preso em flagrante.

Ainda de acordo com o promotor Mário Konichi, imagens que mostram o policial reformado de Diamantina estavam no pendrive do outro homem, em Corinto, o que levantou a suspeita de que eles trocavam materiais de pornografia infantil. Ambos os suspeitos foram encaminhados para Batalhões da Polícia Militar em Belo Horizonte.

Próximos passos

Os nomes dos policiais suspeitos não foram divulgados. O morador de Corinto não respondeu nenhuma pergunta da oitiva e disse que só vai se pronunciar em juízo. Segundo Konichi, ele salvava os arquivos com os nomes das vítimas e data, o que deve facilitar a localização delas. Os crimes registrados nos materiais referentes ao suspeito de Diamantina – os que foram examinados até agora, já prescreveram, pois datam da década de 90. No entanto, o promotor ressalta que ainda há mais materiais a ser analisados. O próximo passo é o oferecimento de denúncia. Os resultados das investigações da Coordenadoria serão repassadas aos promotores de Corinto e Diamantina. As informações são do Jornal Estado de Minas.

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