Brigadistas e moradores ainda monitoram dois focos de incêndio em áreas próximas aos limites do parque. Fogo queimou aproximadamente sete mil hectares.
A queimada que consumia o Parque Nacional da Serra do Cipó, na região Central do Estado, desde o último dia 10 foi controlada no final da manhã deste domingo (19), conforme informações do Instituto Chico Mendes. A área atingida dentro do parque é de aproximadamente 7 mil hectares.
No entanto, outro foco de incêndio dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) Morro da Pedreira, próximo aos limites do parque, ainda preocupa os moradores e brigadistas. “Ainda existem dois focos de fogo, e um deles está bem próximo do parque, então temos que monitorar” informou o analista ambiental do parque, Edward Elias Junior. O acesso ao Parque Nacional da Serra do Cipó, santuário ecológico e um dos principais pontos turísticos de Minas Gerais, continua impedido. “Não há condição de atendimento. Todo o nosso pessoal está empenhado em combater o fogo e ainda temos que prezar pela segurança do visitante” ponderou.
Aproximadamente 70 brigadistas da Brigada Municipal do Ibama, de Jaboticatubas e voluntários treinados participaram do combate ao fogo. Ao todo, a APA te 100 mil hectares e abrange oito municípios. Do lado externo do parque, mais outros 7.000 hectares também foram destruídos. Para Edward, o prejuízo ambiental é inestimável. “A flora daqui é uma das mais ricas em biodiversidade do país, e os animais também acabam morrendo ou no incêndio ou por falta de alimento e habitat” diz.
O analista também aponta para o risco de que as queimadas desse ano tornem o período de estiagem de 2015 ainda mais severo. “Com a perda da vegetação menos água penetra no solo durante o período de chuvas, o que é essencial para a recarga hídrica dos rios”, explica.
O fogo começou às marges da MG-010, fora da área do parque e próximo ao entroncamento do Morro do Pilar, e depois foi se alastrando pela região até atingir o Parque Nacional da Serra do Cipó.
(O Tempo)