A vendedora Maria Nilza Loiola, de 54 anos, se diz uma pessoa abençoada. Ela estava entre os passageiros do ônibus suplementar que ficou sob o Viaduto Batalha dos Guararapes, na Avenida Pedro I. Maria Nilza driblou a morte duas vezes: no desastre de quinta-feira, que matou duas pessoas, e em 16 de julho de 1999, quando o coletivo em que viajava caiu no Ribeirão Arrudas, no Centro da capital. Nove pessoas morreram.
“Você não pode ter medo da vida, tem que viver. Não dá para ficar com medo, dizer não vou pegar esse ônibus ou passar por debaixo de viadutos”, afirma Maria Nilza. Ela não se considera uma pessoa de sorte, mas de muita fé. “Deus está com a mão estendida para nós, basta pedir”, garante.
O acidente de quinta-feira lhe deixou um corte na boca e as dores causadas por uma pancada no braço. “Vi uma cortina de concreto caindo na minha frente e Hanna empurrando a filha para protegê-la. Depois disso, começou a correria para sair do ônibus”, relembrou.
(TV Alterosa / Estado de Minas)