Mineiros desenvolvem tecnologia capaz de impedir a proliferação do mosquito da Dengue

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Nada menos do que 20.837 pessoas contraíram dengue em Minas nos primeiros cinco meses deste ano. De janeiro a maio foram 20 óbitos. Porém, o combate à doença está próximo de ganhar um reforço de peso. Pesquisadores da UFMG desenvolveram tecnologia capaz de impedir a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

O invento, de baixo custo, está pronto e depende apenas do aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser regulamentado e entrar na luta contra um dos principais problemas de saúde do país.

Segundo os responsáveis pela Vértica Soluções Tecnológicas – empresa que patrocina a pesquisa em parceria com a universidade e detentora de 50% da patente do produto –, a expectativa é a de que até o fim deste mês seja protocolado na Anvisa o pedido para a liberação. A comercialização pode ocorrer em até seis meses.

Nessa quinta (5), o sócio-proprietário da Vértica Soluções Tecnológicas, Airam Resende visitou o laboratório de Química da UFMG, onde os professores Jadson Belchior e Luiz Carlos de Oliveira desenvolvem o trabalho. “A dengue é um problema crônico e acreditamos que esta tecnologia ajudará muito no combate à doença. Agora dependemos, apenas, do governo para conseguir levar esse enorme benefício à população”, afirma Airam Resende.

Responsável pela coordenação da pesquisa, Jadson Belchior se mostra otimista. Segundo ele, a tecnologia pode ser utilizada de duas formas e em qualquer lugar onde houver a possibilidade de acúmulo de água. Na primeira, pedaços de tijolo de concreto autoclavado flutuam em vasos de plantas, caixas d’água e outros recipientes.

Na segunda, os pesquisadores perceberam que em alguns locais, como calhas, o tablete poderia não ser o formato mais adequado para utilização. Dessa forma, eles desenvolveram uma manta flexível de tecido sintético. Em ambos os casos, os produtos são tratados quimicamente com uma solução sigilosa, a pedido da patente.

De acordo com o professor Luiz Oliveira, o trabalho foi iniciado há um ano e meio e envolve outros alunos do departamento que fazem doutorado e graduação na UFMG. “O produto foi desenvolvido a partir de outra pesquisa que estávamos trabalhando. Agora, ele está otimizado. Assim que for aprovado estará pronto para uso pela sociedade”, destaca o pesquisador da UFMG.

(Foto: Frederico Haikal / Informações: Jornal Hoje em Dia)

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