Cidades campeãs no índice de desenvolvimento priorizam educação

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A aposta em educação foi decisiva para dez cidades mineiras alcançarem o topo no Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) no Estado. Nesse quesito, Minas congrega, na região Sudeste, o maior número de municípios com alto grau de desenvolvimento: 255 (29,9% do total).

Com base nos indicadores de educação, saúde, emprego e renda, o IFDM monitora o desenvolvimento socioeconômico nos 5.565 municípios do país a cada ano.

Em relação a emprego e renda, no entanto, as cidades mineiras obtiveram desempenho inferior, com classificações intermediárias (regular e moderado).

O estudo, relativo a 2011 e divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), mostra também que Minas é o único Estado do Sudeste com cidades que apresentaram baixo IFDM Saúde: Água Boa, de 15 mil habitantes, no Vale do Rio Doce, foi a única do Sudeste com baixo desenvolvimento (0,3957).

Nova Lima liderou o IFDM em 2011, depois de ocupar a 4ª posição no ano anterior. Uberlândia (Triângulo), porém, trocou o topo do ranking pela 6ª colocação.

Segundo o economista Jonathas Goulart, um dos autores do estudo, Nova Lima elevou o número de consultas do pré-natal e registrou significativa melhora no percentual de docentes com diploma superior no ensino fundamental.

O prefeito Cássio Magnani diz que a cidade de 83 mil habitantes tem o melhor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) na Região Metropolitana de Belo Horizonte e que o Programa Saúde da Família conta com 16 equipes e abrange 85% da população.

Já Uberlândia, com 612 mil habitantes, apresentou recuo no índice de emprego e renda, apesar de ter avançado em educação e saúde. Foi a única cidade com queda no IFDM (-1,2%) no cômputo das dez melhores do ranking no Estado. “Mesmo assim, está em alto desenvolvimento”, acrescenta Goulart.

Para ele, a análise da evolução e do nível de desenvolvimento das regiões mineiras revela as particularidades da desigualdade. O Norte do Estado e os Vales do Jequitinhonha e Mucuri concentram a maioria dos municípios com IFDM regular e baixo.

(Água Boa é a única cidade do sudeste com baixo desenvolvimento nos índices de saúde)

Economia dinâmica alavanca índices de saúde, emprego e renda

Presidente da Associação dos Municípios do Vale do Mucuri e prefeito de Nanuque, Ramon Miranda justifica a inclusão de quatro cidades da região na lista dos piores índices de desenvolvimento à total dependência do FPM e da ausência dos governos estadual e federal.

Por outro lado, o crescimento puxado pelo dinamismo econômico se transfere às áreas de educação e saúde, como se nota em regiões de maior desenvolvimento, explica o economista da Firjan, Jonathas Goulart.

Um exemplo é Patos de Minas, no Alto Paranaíba, que saiu do 13º lugar para a vice-liderança no IFDM estadual. Além de manter o nível de atividade econômica, reduziu os percentuais de óbitos por causas não definidas e de internações sensíveis à atenção básica. A oferta de ensino infantil e a elevação da nota do Ideb também contribuíram.

Santa Rita do Sapucaí, no Sul do Estado, pulou do 15º para o 3º lugar. Ampliou o atendimento à educação infantil, o percentual de professores com diploma de ensino superior e a nota do Ideb. Na saúde, reduziu a taxa de óbitos de menores de 5 anos por causas evitáveis.

Para o prefeito Jefferson Mendes, esse avanço se deve à cidade que valoriza o diálogo e interação das culturas para melhorar a vida das pessoas. Em especial, à inovação tecnológica e ao empreendedorismo nas áreas do IFDM.

Em 4º lugar no ranking (antes era o 33º), Varginha comprova “a estrutura de sustentabilidade, que passa por educação e saúde”, diz o prefeito Antônio Silva. São mais de 10 mil estudantes na rede pública municipal.

(Hoje em Dia)

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