Servidores estaduais da saúde prometem entrar em greve geral a partir desta terça, interrompendo os atendimentos em todo o Estado a menos de três semanas da Copa do Mundo. Segundo o sindicato da categoria, a paralisação, por tempo indeterminado, é motivada pela interrupção nas negociações com o governo. O movimento se junta aos servidores municipais de Belo Horizonte, que estão há mais de 20 dias paralisados. Nesta segunda, pelo menos quatro protestos tumultuaram o trânsito da região metropolitana da capital. Um deles fechou parcialmente a avenida Afonso Pena, no centro, quando cerca de 600 servidores municipais da saúde saíram em passeata da praça da Estação até a sede da prefeitura. Não houve prejuízo significativo ao trânsito.
“Chegou a um ponto em que não temos outra alternativa, a não ser a greve geral, para pressionar o governo a retomar as negociações e aprovar nossas pautas”, afirmou o diretor executivo do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG), Érico Colen.
Segundo o sindicato, a negociação foi interrompida no mês passado. Eles reivindicam redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais, reajuste salarial e a revisão do plano de carreira.
A mobilização atingirá os hospitais da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), entre eles João XXIII, Júlia Kubitschek, Eduardo de Menezes e João Paulo II. A escala mínima de 30%, prevista em lei, deve ser mantida. Até o fechamento desta edição, a Secretaria de Estado de Saúde não havia se pronunciado.
No caso dos servidores municipais, a Justiça manteve suspensa, em audiência nesta segunda, a multa por não garantir escala mínima de 70%.
Aterros: Os trabalhadores das balanças dos aterros sanitários municipais, os balanceiros, aderiram à greve dos servidores da limpeza da capital. Com a paralisação, servidores da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) realizaram uma manifestação nos dois aterros sanitários municipais (na BR–040 e em Sabará). Eles impediram o trânsito em parte da BR–040.
Protesto
Professores da rede municipal de Contagem, na região metropolitana, fecharam uma pista da avenida Babita Camargos, na manhã desta segunda, no Cidade Industrial. Eles pedem melhorias salariais, e a prefeitura mantém a proposta de aumento de 5,8%. Na MG–010, funcionários do Hospital Risoleta Neves e da Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais do Estado pediram melhor infraestrutura. (O Tempo)