A prisão de fazendeiros acusados de suprimir Mata Atlântica no Vale do Mucuri levou a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Teófilo Otoni, cidade-polo da região, a acelerar a execução de um plano ambiental municipal. Dentre as propostas estão esclarecer os produtores rurais sobre leis ambientais e estabelecer ações eficazes e contínuas para evitar que a situação se repita.
Uma reunião já foi realizada com voluntários e representantes de diversos órgãos ambientais e instituições ligadas ao meio rural. Outras duas estão agendadas para os dias 12 e 19, na sede do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Nelas será feito um levantamento dos problemas relacionados com a questão ambiental na área rural. Também serão discutidas propostas de abordagem e enfrentamento, e definidas as responsabilidades de cada órgão.
O nome do projeto é “Teófilo Otoni Sustentável”. Os participantes estão divididos em quatro grupos, com os temas Água, Terra (Solo), Verde (Matas) e Educação Ambiental.
Foto: Leonardo Morais/Hoje em Dia
“Temos que agir positivamente, esclarecendo nossos produtores rurais e atuando para evitar o verdadeiro vexame que foi a prisão de alguns fazendeiros. Nossa ação visa proteger os produtores rurais em face da legislação ambiental”, diz o prefeito Getúlio Neiva.
Cidades do Vale do Mucuri são responsáveis por 15% do desmate irregular de Mata Atlântica no Estado. Na semana passada, a “Operação Macaco Muriqui”, desencadeada por técnicos do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) e policiais militares e civis, levou ao embargo de 350 hectares de áreas devastadas nas propriedades, prendeu 16 donos de fazendas e funcionários e gerou mais de R$ 2 milhões em multas, em sete dias. Lenha e carvão vegetal foram apreendidos. (Hoje em Dia)