Caminhos de Minas pavimentou só 41 quilômetros em três anos

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Três anos depois de lançado, o programa “Caminhos de Minas” pavimentou apenas 41 quilômetros de estradas. Carro-chefe do governo de Minas, o programa prevê a pavimentação de 7,9 mil quilômetros, passando por 304 municípios. Os números foram apresentados nesta quinta-feira (5) pela secretaria de Transportes e Obras Públicas de Minas (Setop) em balanço de fim de ano. Até abril do ano passado, nenhum quilômetro havia sido concluído.

Carlos Melles considerou positivo o balanço de realizações da pasta – Foto: Mércia Lemos/Setop/Divulgação

De acordo com balanço do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG), os quilômetros concluídos correspondem a seis dos 244 trechos previstos. As obras de 6,5 mil quilômetros ainda não foram licitadas. Quanto aos projetos de engenharia, 2,6 mil já foram concluídos e outros 3 mil quilômetros estão com licitação autorizada.

Durante a apresentação, o presidente do DER, Elcio Santos Monteze, informou que pelo menos mil quilômetros estão em andamento. “O “Caminhos de Minas” tem como objetivo interligar micro-regiões. Fazer a conexão de malha rodoviária que está com alguma falha. Temos mil quilômetros de obras em andamento e investimos até hoje R$ 168 milhões”, declarou. De acordo com ele, na primeira fase do programa serão investidos R$ 3,7 bilhões.

Durante a reunião, o secretário Carlos Melles (DEM) classificou o “Caminhos de Minas” como o “carro-chefe da pasta”. Ele explicou que o programa é uma espécie de extensão do ProAcesso, programa instituído há dez anos e que está em fase final.

De acordo com dados apresentados pela secretaria, em 2014 serão entregues os últimos sete trechos do programa. Com isso, dos 225 trechos previstos no ProAcesso, 210 estão concluídos, somando 623 quilômetros.

Em 2012 foram entregues 30 trechos com investimentos de R$ 800 milhões. O total investido no programa é de R$ 3,8 bilhões.

Balanço

O secretário de Transportes, Carlos Melles, considerou positivo o balanço da pasta. Ele destacou os investimentos previstos para os próximos anos. “O balanço é altamente positivo. Temos uma previsão de, entre 2013 e 2014, investir mais R$ 9 bilhões. Estamos concentrados nas obras de infraestrutura”. O democrata reiterou, ainda, que todas as obras têm início somente depois de garantidos os investimentos.

Obras do Anel Rodoviário podem começar em abril do ano que vem

As obras do Anel Rodoviário devem começar em abril do ano que vem. A previsão foi feita na quinta-feira (5) pelo presidente do DER-MG, Elcio Santos Monteze, e é referente a três pontos que correspondem 20% de toda obra de revitalização. A primeira etapa deve ser concluída em setembro de 2015. O projeto inicial teve que ser fatiado para dar celeridade às obras. Não existe previsão para início do restante das obras do Anel.

Essa primeira fase, que se inicia após período das chuvas, corresponde a intervenções nos entroncamentos da Avenida Amazonas, Ivaí e Pedro II e está orçada em R$ 350 milhões. O projeto executivo deverá ser concluído em janeiro. Em fevereiro será realizada audiência pública e em 11 dias sai o edital. Nesse primeiro momento serão reassentadas 700 famílias.

“Trata-se de um projeto extremamente complexo então combinamos com o governo federal, o Dnit e a prefeitura de elegermos três interseções. Nesse ponto estamos muito avançados. Vamos começar as obras após as chuvas entre março e abril”, declarou Élcio. De acordo com ele, toda obra, que envolve 50 pontos do Anel Rodoviário, vai custar R$ 1,5 bilhão e demandará o remanejamento de sete mil famílias.

Metrô deficitário

Os moradores da capital podem levar até quatro anos para verem todo o projeto de expansão do metrô concluído. Na quinta, o presidente da MetroMinas, Fabrício Sampaio, disse que em maio serão realizadas audiências públicas e abertura de licitação para a construção da linha subterrânea 3, que liga Savassi à Lagoinha. O contrato será feito por meio de PPP (parceria público-privada).

“Temos um prazo de execução de quatro anos. Mas conversamos com o governo federal e vamos dar uma resposta à população. Em janeiro vamos iniciar o processo licitatório da linha 3”. O próprio secretário Carlos Melles classificou como “deficitária” a situação do metrô na capital. Ele falou sobre as dificuldades de receber recursos que, segundo ele, foram pagos pela União pela última vez em 2012.

Segundo a Setop, estão assegurados recursos da ordem de R$ 3 bilhões, para melhorias da linha 1 e implantação das linhas 2 e 3.>

Secretário deixa o cargo em março

Com a chegada do ano eleitoral, o secretário de Transportes e Obras Públicas, Carlos Melles (DEM), já se programa para deixar a pasta e se candidatar à reeleição na Câmara dos Deputados. A previsão para deixar a vaga é março do ano que vem. “Essa é uma sensação minha. Acho que pode ser nessa época”.

A mudança nas secretarias não vai ocorrer apenas por causa das eleições, mas também pela reforma administrativa que está em fase inicial. A extinção de algumas secretarias vai gerar uma nova rodada de negociações entre governo e dirigentes para evitar “chateações” dos partidos aliados. (Hoje em Dia)

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