Golpista de Araçuaí é condenado a 7 anos de prisão

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A Justiça mineira condenou a sete anos de prisão o empresário Thales Emanuelle Maioline, 35 anos, conhecido como “Madoff mineiro” por usar o golpe da pirâmide financeira semelhante ao aplicado pelo norte-americano Bernard Madoff.

Thales foi o principal responsável por causar prejuízos financeiros de cerca de R$ 100 milhões a mais de 2 mil investidores, em aproximadamente 14 cidades brasileiras, incluindo Araçuaí, cidade onde ele nasceu e onde ainda reside familiares dele.

Ainda conforme a decisão, Maioline vai ter que pagar 113 dias-multa pelos crimes de obtenção de vantagem ilícita e de falsificação.

Além disso, seus bens, incluindo veículos, imóveis e valores financeiros bloqueados em bancos, foram apreendidos e ficarão à disposição da Justiça do Trabalho.

Segundo o juiz Milton Lívio Lemos Salles, Maioline arquitetou e executou um empreendimento no sentindo de captar ilicitamente recursos “de considerável número de pessoas, atraídas pela falaciosa promessa de vultosos e seguros rendimentos”.

Ele também chegou a remeter dinheiro para o exterior, comprovando a intenção de ocultar o crime. “Não se pode perder de vista a informação da existência de US$ 212 mil em conta criada por ele no Principado de Liechtenstein”, disse.

Maioline foi preso pelo golpe em dezembro de 2010, mas está solto desde junho de 2012 (Foto: Divulgação)

Golpe

Thales Maioline, que era sócio da Firv Consultoria e Administração de Recursos Financeiros Ltda., foi preso em dezembro de 2010, mas está solto desde junho de 2012.

Ele responde a mais de cem processos na área cível, além de estelionato, formação de quadrilha e uso de documento falso.

O esquema financeiro criado pelo “Madoff mineiro” durou de 2006 até junho de 2010 e, por meio dele, Maioline obteve vantagem de cerca de R$ 100 milhões.

A base do golpe era a promessa de ganhos fáceis a clientes de cerca de 14 cidades mineiras.

Para atrair as vítimas, o empresário oferecia cotas de participação por meio do intitulado Fundo de Investimento Capitalizado (Ficap).

As cotas variavam entre R$ 5 mil e R$ 5 milhões, com investimento mínimo de R$ 2,5 mil. O fundo prometia rentabilidade de 5% ao mês, bem superior à média do mercado, e causou prejuízos a mais de 2 mil investidores.

A organização do esquema rendeu ao investidor o apelido de Madoff mineiro, em alusão ao investidor de Wall Street Bernard Madoff, acusado de comandar golpe semelhante em investidores norte-americanos.

Em 2011, após ter uma série de problemas financeiros, o estelionatário fugiu, dando um calote de R$ 100 milhões em cerca de 2 mil pessoas.

O réu ficou escondido por alguns meses na selva amazônica, na fronteira com a Bolívia. Em dezembro de 2011 ele se entregou à Justiça.

Na época, foram presos, além dele, Iani Maioline e Oséias Ventura, respectivamente, irmã e sócio do estelionatário no golpe.

O caso teve amplo repercussão na imprensa nacional. (Hoje em Dia / Gazeta de Araçuaí)

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