O tradicional Carnaval pode ameaçar o patrimônio cultural nas cidades históricas de Minas Gerais, que atrai milhares de pessoas todos os anos em busca de folia. O alerta do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico de Minas Gerais (Iepha/MG) é dirigido tanto às prefeituras quanto aos foliões.
(Foto: Mariela Guimarães)
Com o intuito de prevenir danos a monumentos históricos durante as comemorações do Carnaval, o Iepha/MG divulgou uma lista com diretrizes para orientar as prefeituras e a população sobre como preservar o patrimônio cultural das cidades. Segundo Fernando Viana Cabral, presidente do instituto, são orientações básicas para os municípios.
“É importante que a população entenda que ela, juntamente com a prefeitura, é responsável por tomar conta do patrimônio da cidade. Além disso, os foliões precisam se conscientizar que alguns estragos são irreparáveis”, afirmou.
Cabral ainda destaca alguns riscos que a cidade corre durante eventos de grande porte – como instalações elétricas mal feitas ou uso de materiais inflamáveis, botijões de gás e fogos de artifício – que possam provocar situações de incêndio.
Outro fator que pode causar danos em monumentos históricos é o uso do som alto, que, com a vibração, pode danificar as construções mais antigas. E também os trios elétricos, que precisam ter o percurso estudado com cuidado para não atingir nenhuma obra histórica.
Banheiros
Pelo documento, as prefeituras, juntamente com a Cemig e o Corpo de Bombeiros, devem fiscalizar a utilização de materiais inflamáveis. Os banheiros públicos precisam ser em número suficiente para atender todo o público e ser instalados em locais afastados das fachadas dos imóveis e monumentos culturais.
Essas diretrizes foram definidas com o Ministério Público, que faz recomendações para as prefeituras adotarem. Caso ocorram problemas, o Ministério Público instaura procedimento para buscar responsáveis e reparar os danos.
Diamantina
Em Diamantina, a prefeitura aprova um projeto de proteção ao patrimônio histórico todos os anos. Segundo Junno Marins da Matta, chefe do escritório técnico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) da cidade, “todo o layout do evento é pré-ajustado e fiscalizado por esses órgãos”.
(Jornal O Tempo)