O influenciador digital, empresário e ex-candidato a prefeito da capital paulista Pablo Marçal foi condenado a oito anos de inelegibilidade pela Justiça Eleitoral de São Paulo. A decisão, proferida em primeira instância nesta sexta-feira (21/2/2025), aponta abuso de poder político e econômico, uso indevido de meios de comunicação social e captação ilícita de recursos durante sua campanha eleitoral. Cabe recurso ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
De acordo com o juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, ficou evidente a participação direta do influenciador nas condutas irregulares relacionadas à sua campanha. “Não há dúvidas de sua decisiva atuação em razão do engajamento direto e pessoal por condutas ilícitas praticadas em benefício de sua candidatura”, afirmou o magistrado em sua decisão.
A sentença relata que Marçal ofereceu apoio político por meio de vídeos promocionais para impulsionar campanhas de candidatos a vereador, desde que não fossem ligados a partidos de esquerda, em troca de doações no valor de R$ 5 mil para sua própria campanha. Segundo o juiz, ficou incontroverso que o réu Pablo Marçal prometeu vídeos de apoio em redes sociais em troca de dinheiro, confirmando o recebimento de doações resultantes dessa prática. Essa conduta violou as normas eleitorais brasileiras, configurando fraude e caracterizando abuso de poder.
A ação de investigação judicial eleitoral foi proposta por Guilherme Boulos, ex-candidato ao cargo de prefeito de São Paulo pela Coligação Amor por São Paulo. Boulos acusou Marçal de irregularidades durante o período eleitoral, culminando na condenação divulgada nesta semana.
Até o momento, a assessoria de Pablo Marçal ainda não se manifestou sobre a decisão judicial.
