Operação “L’État, c’est moi” detém 12 pessoas na Zona da Mata

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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, nesta quinta-feira (9/1/2025), a segunda fase da operação “L’État, c’est moi”, nos municípios de Orizânia e Divino, na Zona da Mata. A ação resultou na prisão de seis adultos e na apreensão de seis adolescentes, todos suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas e crimes associados.

Investigação e contexto

As investigações tiveram início em julho de 2024, após o corpo de um homem ser encontrado no Córrego do Onça, em Orizânia. O homicídio foi relacionado à disputa pelo controle do tráfico de drogas na região. Na primeira fase da operação, realizada anteriormente, um casal foi preso por participação direta no crime.

De acordo com o delegado Thales Borges Muniz, responsável pela operação, as apurações identificaram uma rede criminosa que atuava no tráfico de drogas e praticava homicídios para consolidar o domínio territorial.

“Um dos presos veio do Rio de Janeiro e se apresentava como membro de uma facção carioca. Ele utilizava essa falsa posição para aliciar homens e adolescentes para o tráfico de drogas na região”, explicou o delegado.

O suspeito também adotava métodos violentos para eliminar concorrentes, focando em traficantes considerados vulneráveis, como idosos ou indivíduos sem histórico de confrontos armados. O assassinato do homem encontrado no córrego teria sido parte dessa estratégia de expansão criminosa.

Operação e resultados

A operação mobilizou cerca de 50 policiais civis, com apoio das delegacias regionais de Viçosa, Leopoldina, Ubá e Muriaé. Foram cumpridos dez mandados de prisão, sete de internação provisória e buscas domiciliares.

Os presos e adolescentes apreendidos foram encaminhados às unidades competentes e permanecem à disposição da Justiça.

Significado do nome da operação

A operação recebeu o nome “L’État, c’est moi”, frase atribuída ao rei francês Luís XIV, que significa “O Estado sou eu”. Segundo o delegado Thales Muniz, a escolha foi uma resposta a uma música criada pelo grupo criminoso, que desafiava a autoridade do Estado.

“A escolha do nome reforça que a Polícia Civil atua de forma incisiva para garantir a presença do Estado e restabelecer a ordem em áreas afetadas pelo crime”, destacou Muniz.

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