A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, na quarta-feira (2/2/2022), o inquérito policial que apurou a extorsão pela internet de quatro mulheres, com idades entre 18 e 25 anos, residentes em Belo Horizonte e Região Metropolitana. Um homem, de 32 anos, preso no dia 26 de janeiro, foi indiciado pelos crimes e permanece detido preventivamente.
De acordo com as investigações, iniciadas em julho de 2021, o suspeito procurava mulheres por meio de rede social, preferencialmente mães solteiras e desempregadas, e se apresentava com diferentes perfis falsos. Em seguida, ele propunha o pagamento de R$ 150 por fotos e vídeos íntimos a serem produzidos pelas vítimas. Com o tempo, ele passava a extorqui-las para o envio de mais mídias, cada vez mais constrangedoras às mulheres, sob a ameaça de divulgar o material já armazenado delas para os familiares.
Conforme informou o delegado responsável pelo inquérito policial, Eduardo Hilbert Martins, titular da 1ª Delegacia de Polícia Leste, em um dos casos o investigado chegou a cumprir a ameaça e encaminhou conteúdo pornográfico para parentes da mulher. “Por essa razão, ele também está sendo indiciado pelo crime de divulgação não autorizada de conteúdo íntimo”, explicou.
Ainda segundo Martins, durante interrogatório, o suspeito confessou espontaneamente que fez vítimas em diferentes localidades. “Por isso acreditamos que a divulgação dos perfis falsos que ele utilizava nos auxiliarão a identificar muitas outras vítimas, tanto em Minas como em outros estados”, afirmou.
Prisão
O suspeito tinha como única ocupação a direção regional de uma torcida organizada de futebol com base na capital. Assim, já em posse do mandado de prisão, a PCMG cumpriu a ordem judicial na tarde da última quarta-feira (26/1), no interior da sede do grupo, quando o investigado se preparava para sair em comboio para acompanhar um jogo.
Em continuidade aos levantamentos, as equipes policiais cumpriram mandado de busca e apreensão na residência do homem, arrecadando uma arma de fogo calibre 38, celulares e diversas mídias, que passam por análise pericial.
O chefe do 1º Departamento de Polícia Civil em Belo Horizonte, delegado Arlen Bahia, ressaltou o êxito das investigações. “Não podemos permitir que mais vítimas sejam feitas reféns de ações criminosas como essa. Graças a uma investigação qualificada e técnica, podemos hoje dar uma resposta à sociedade”, afirmou.
Denúncia
A delegada regional Leste Virgínia Salgado destaca que mulheres que reconhecerem os perfis divulgados devem imediatamente procurar a polícia e formalizar a denúncia. “É essencial que todas as vítimas registrem uma ocorrência, até para que possamos dimensionar a extensão dos crimes e promover a Justiça para essas mulheres”.
Se você teve contato com um desses perfis por rede social, ligue 197: “andreleandro47”; “andreleadro_404”; “charleselvys”.
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