Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, está prestes a ganhar mais um grande empreendimento. A italiana Fassa Bortolo, indústria de insumos para a construção civil, assinou, nesta quarta-feira (2/12/2020), protocolo de intenções com o Governo de Minas Gerais para instalação de uma fábrica de argamassa, indutos e massas colantes.
A implantação – que teve início antes da assinatura do protocolo de intenções – prevê um investimento total de R$ 145 milhões e vai gerar pelo menos 75 empregos diretos. Os aportes já estão em fase bastante avançada. As obras tiveram início em outubro de 2019 e o término está previsto para março de 2021.
“É muito gratificante trazer para Minas Gerais um importante investimento, justamente no dia de hoje, data em que comemoramos os 300 anos do nosso estado. A minha gestão tem prioridade na geração de emprego e renda, e estamos trilhando o caminho certo. Sejam bem-vindos ao estado que é amigo do investidor”, destacou o governador Romeu Zema durante evento on-line.
Expansão
Conforme informações da multinacional, a expectativa é de que a operação no Brasil, a partir de Minas Gerais, seja o marco do início das atividades na América Latina. A unidade da Fassa, em Matozinhos, será a primeira instalada fora da Europa.
“Apesar da pandemia e da crise econômica enfrentada, a Fassa Bortolo não parou. Fui pessoalmente na planta e vi de perto o empenho da empresa e os empregos gerados. O nosso trabalho tem surtido efeitos positivos. Vamos seguir auxiliando quem gera emprego e renda. Tenho certeza que em breve estaremos inaugurando a fábrica”, reforçou o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio.
A companhia, que tem 300 anos de história, possui 16 centros de produção na Itália, um centro de produção em Portugal, três filiais comerciais na Itália, três na Suíça, uma na Espanha, uma na França e uma na Grã Bretanha. Ao todo, são cerca de 1,3 mil colaboradores.
A Fassa oferece extensa gama de produtos de cal e derivados, rebocos à base de cal e gesso, rebocos à base de cal e cimento, pinturas e revestimentos minerais brancos e coloridos, sistemas de isolamento térmico, produtos para saneamento de paredes e reestruturação, máquinas e acessórios para obras.
A expectativa da multinacional é acompanhar a retomada do segmento de construção no Brasil no período pós-pandemia. Apesar do impacto no segmento nos primeiros meses da crise epidemiológica, o mercado registrou um incremento nos meses seguintes e a perspectiva é de crescimento contínuo nos próximos anos.
Futuro
De acordo com o gerente de startup da companhia, Ivan Aliberti, além de terem encontrado um Estado aberto a novos investimentos, fatores como a localização geográfica, disponibilidade de fornecedores, matéria-prima, mercado consumidor e mão de obra qualificada foram decisivos na definição do investimento em Minas Gerais.
“Tivemos todo apoio do Governo do Estado. Estamos otimistas em relação às perspectivas do mercado brasileiro e latino-americano. Esse é um projeto inicial que poderá ter outros desdobramentos a médio e longo prazos. O segmento em que atuamos é um dos poucos mercados que não tiveram queda expressiva com a pandemia”, comemorou Aliberti.
Ainda conforme o gerente, a empresa aposta fortemente em novas tecnologias, pesquisa de novos produtos e tem a preservação ambiental como prioridade. “A unidade de Matozinhos será uma fábrica que segue o conceito de impacto ambiental zero. Essa é uma das nossas grandes preocupações”, afirmou.
Vetor Norte
O analista de Promoção de Investimentos do Indi, Caio Moura, acompanhou as etapas de implantação da unidade da Fassa em Minas. De acordo com ele, o sucesso do empreendimento também decorre do apoio e da parceria com a prefeitura local. “Essa é uma conquista muito importante, com impacto econômico significativo e que teve uma colaboração decisiva da administração municipal, auxiliando a agilizar os trâmites”, disse.
Moura ainda destacou a importância do empreendimento para continuidade da valorização do Vetor Norte da capital mineira, pulverizando os investimentos na região metropolitana.
Outro diferencial, segundo o analista, é que a empresa vai trabalhar com produtos que ainda não são comuns na indústria mineira. “Além disso, a escolha por Minas Gerais reforça a melhoria do ambiente de negócios que já pode ser observada em todas as regiões”, completou Caio.
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