Cerol e linha chilena prejudicam fauna silvestre, alerta IEF

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Segundo o Instituto Estadual de Florestas (IEF), os quatro Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Minas Gerais têm recebido aves gravemente feridas por cerol e linha chilena. O instituto reforça o risco para a saúde do homem e dos animais causado pela prática que, além de criminosa, causa desde leves escoriações a mutilações de membros, podendo levar à morte de pessoas e de espécies da fauna silvestre.

A unidade do Cetas de Belo Horizonte registrou aumento significativo no número de atendimento a aves vítimas de cerol e linha chilena este ano, que já dobrou em relação a todo o ano de 2019, chegando a 60. O período do inverno, quando o céu é mais claro e sem nuvens, é o mais crítico. 

“De um mês para cá, temos recebido diariamente aves feridas por esses materiais”, conta a médica-veterinária do Cetas de Belo Horizonte, Érika Procópio. A suspeita é que o não retorno às aulas escolares, devido ao isolamento social, esteja contribuindo para o aumento do uso de cerol e linha chilena.

Cuidados

Os Cetas prestam atendimento a animais silvestres vítimas de maus tratos e ou de tráfico. Quando aptos, eles são devolvidos à natureza.

Atualmente, o estado conta com quatro Cetas: na capital, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, e em Montes Claros, no Norte de Minas. A unidade de BH é compartilhada com o Ibama. Há ainda o Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) em Patos de Minas, que atende demandas do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.

Apesar de receberem tratamento intensivo das equipes desses centros, muitos animais não conseguem voltar ao seu habitat devido aos ferimentos com materiais cortantes. As aves silvestres que mais sofrem lesões por cerol e linha chilena são gaviões, periquitos, bem-te-vis, pardais, corujas e maritacas.

Crime

Usar e vender cerol e linha chilena é crime previsto em leis estadual e federal, com pena de detenção e multas que podem chegar a R$ 100 mil. Pais ou responsáveis por crianças ou adolescentes flagrados com os materiais são notificados pela infração. É possível fazer a denúncia da prática ilegal pelo telefone 181 (Disque Denúncia).  Não é necessário se identificar.

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