A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) investiga se Rudson Aragão Guimarães, 39 anos, suspeito de assassinar quatro pessoas na noite de ontem (21/05/2019), em Paracatu, Noroeste de Minas, estaria motivado pelo fato de ter perdido liderança na igreja. Inicialmente, a PCMG descarta que uma das vítimas fatais, ex-esposa do investigado, seria vítima de feminicídio.
A Delegada a cargo das investigações, Thays Regina Silva, afirmou que as apurações ainda vão esclarecer muitos detalhes, porém acredita-se que Rudson teria se enfurecido por ter sido destituído da liderança da igreja. “A partir de então, ele teria começado a proferir ofensas ao pastor, que na noite de ontem tentou fugir dos tiros, mas acabou ferido”, informou.
Ela afirmou, ainda, que, até o momento, não foram constatadas provas materiais indicando um homicídio em virtude da condição de gênero da ex-companheira, o que caracterizaria um possível feminicídio. “Não havia medida protetiva contra o suspeito, incidência de violência doméstica ou discriminação à mulher, mas destacamos que a motivação exata continua em apuração”, explicou a delegada.
Rudson Aragão foi ouvido no hospital de Paracatu, onde esteve internado, e foi imediatamente autuado em flagrante pelo crime de homicídio qualificado pelas quatro vítimas, com incidência de duas qualificadoras: motivo fútil e impossibilidade de resistência das vítimas. Já a tentativa de homicídio, com as mesmas qualificadoras com relação ao pastor, todos em continuidade delitiva.
Dinâmica
Segundo as investigações, Rudson é apontado como assassino da ex-esposa Heloísa Vieira Andrade, 59, Antônio Rama, 67, Rosângela Albernaz, 50, e Marilene Martins de Melo Neves, 52. Além disso, tentou matar o pastor.
Inicialmente, o suspeito foi até a casa da irmã dele, onde estava Heloísa, sentada em um sofá, e a atacou com um canivete. Rudson então, usando uma cartucheira calibre 36, foi a pé até a igreja, próxima à residência da irmã. “Ao ser ouvido, ele alegou que o alvo principal seria o pastor, mas que teve a intenção de atingir os demais que acabaram mortos”, explicou a Delegada. Ela destacou que, conforme as imagens do circuito interno de segurança, o suspeito foi frio, uma vez que arma utilizada permite apenas um tiro por vez. “Ele recarregava, mirava e atirava. O pastor, alvo do suspeito, conseguiu escapar e sofreu lesões na fuga”, concluiu.
A Polícia Civil deverá concluir o inquérito no prazo legal de dez dias.
Quatro pessoas foram assassinadas em Paracatu — Foto: Divulgação/Polícia Militar
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(Fonte: PCMG)