Apoiadores do presidente criam grupo para encontrar cara-metade de direita

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Eleitores e simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro (PSL) criaram no Facebook uma forma diferente de interação. Batizado de “Bolsolteiros”, o grupo restrito criado no fim do ano passado reúne pelo menos 4.500 pessoas solteiras, de diversas partes do país, que estão em busca de um relacionamento sério e que compartilham das mesmas ideologias propagadas por Bolsonaro. A capa do grupo traz uma ilustração do presidente como Santo Antônio, o santo casamenteiro, segurando uma placa com a “promessa”: “Trago o seu amor em 17 dias”.






Para entrar, o pretendente precisa fazer uma solicitação e passar pelo crivo das administradoras, que analisam o perfil do usuário. Dentre os parâmetros, elas observam o status de relacionamento do solicitante e, se houver alguma publicação ligada ao presidente, a aceitação também é mais rápida. Eles ainda precisam responder a três perguntas iniciais: “Você pode ao menos incluir três homens solteiros?; Você é solteiro (seja honesto, por favor)?; Você se compromete a respeitar as regras e denunciar postagens indevidas e atos ilícitos?”. O grupo foi criado pela assistente social Elaine Cristina, 43, que mora no Rio de Janeiro. Ela conta que tudo começou a partir de conversas em outros grupos. “Eu estava em um grupo maior pró-Bolsonaro e começou o assunto sobre os solteiros. Decidi criar o grupo. Fiz até uma eleição para escolher o nome, e ficou ‘Bolsolteiros’”, explica.

Já ao entrar, os moderadores alertam aos novos membros, por meio de um comunicado fixo, no topo do grupo, para que eles leiam atentamente as regras de convivência. Uma delas chama a atenção. Postagens sobre política são proibidas. “Já tem muitos grupos específicos para isso. Acaba ficando chato. O espaço é pra gente fazer amizade, falar de relacionamento e fazer brincadeiras. E tem dado certo, muitos casais se conhecem e saem do grupo. Tem pessoas de várias idades, por isso as regras são rígidas”, afirma. Também são vedadas publicações sobre sexo, futebol, religião e imagens que contenham nudez.

No grupo, os usuários fazem postagens descontraídas de diversos tipos, por meio de selfies, memes, além de textos com brincadeiras, opiniões e reflexões. Em uma das postagens, uma integrante do grupo posta uma foto sua, traça suas características e diz o que procura: “Um jovem senhor, com mais de 39 anos, que seja a favor da tradicional família brasileira”.

Em outra postagem, um homem brinca sobre o motivo de estar no grupo: “Estou procurando a minha metade direita”, conta, rindo. Apesar do clima de paquera, os integrantes também utilizam o espaço para pedir orações ao presidente, internado há duas semanas em São Paulo.

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(Fonte: O Tempo)

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