Em Minas Gerais, 20,9% da população está na linha da pobreza, segundo a Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento, que utilizou dados do Banco Mundial e foi calculado com base na PNAD Contínua, mostra que esse parâmetro equivalia a R$ 406 ao mês, em 2017, no Brasil, o que incluía 26,5% da população em situação de pobreza. Em Minas, no entanto, esse montante, no mesmo período, ficou ainda mais baixo: apenas R$ 398.
Os dados do Banco Mundial foram utilizados pelo IBGE porque no Brasil não há uma diretriz oficial para linha de pobreza. Dessa forma, utilizou-se uma medida calculada pela instituição para países de nível médio-alto, como os da América Latina, onde a Paridade do Poder de Compra (PPC) é de US$ 5,5 por dia. A PPC é o número de unidades da moeda de um país necessárias para adquirir a mesma quantidade de bens e serviços no mercado interno, como dólares comprariam nos Estados Unidos, por exemplo.
A Síntese do IBGE mostra também que 18,7% dos mineiros têm restrição ao acesso a pelo menos um serviço de saneamento, como ausência de coleta direta ou indireta de lixo, de abastecimento de água por rede geral e ausência de esgotamento sanitário por rede coletora ou pluvial.
O estudo retrata ainda que enquanto grande parte das pessoas no país tem dificuldade de acesso a serviços de saneamento básico (37,5%), no Estado a principal barreira está relacionada à educação (30,4%). Além disso, a taxa de frequência bruta a estabelecimentos de ensino alcançou 27,3% no Brasil. Já no Estado, o índice ficou em 25,8%.
A pesquisa mostrou também que 63,2% dos brasileiros residiam em domicílios com pelo menos uma das restrições de acesso como à educação, à proteção social, condições dignas de moradia, a serviços de saneamento básico e à comunicação (internet). Em Minas Gerais, por sua vez, o percentual atingiu 51,9%.
Os mineiros de 25 anos ou mais têm também nível de instrução mais baixo que a média nacional. Quase metade da população brasileira (49,4%) nessa faixa etária tinha o ensino fundamental completo em 2017, enquanto o percentual de pessoas com ensino superior alcançou 15,7%.
Já entre os mineiros, há uma proporção maior de pessoas com no máximo o ensino fundamental completo (54,4%) e um percentual menor com ensino superior completo (13,7%).
Em relação à renda, a maioria dos mineiros (57,2%) recebia até um salário mínimo em 2017, ante 58,9% no país.
O grupo de pessoas que ganhavam mais de cinco salários atingiu 4% em nível nacional e 3,3% no Estado, o que evidencia a grande desigualdade na distribuição do rendimento.
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(Via Hoje em Dia)