Homem que esfaqueou Jair Bolsonaro diz que cometeu crime a mando de Deus

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O autor do atentado contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL), durante uma caminhada em Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira, nesta quinta-feira (06/09/2018), deu explicações à Polícia Militar sobre como planejou o ataque. Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos, é natural de Montes Claros, na região Norte de Minas Gerais.

“Este nos informou que saiu de casa com uma faca de uso pessoal afim (sic) de acompanhar a comitiva, e no melhor momento pudesse tentar contra a vida do candidato, assim tendo feito no momento em que a comitiva passava pela rua Batista, por achar ser o mais oportuno. Nos afirmou ainda que o motivo do intento se deu por motivos pessoais, os quais não iríamos entender, dizendo também em certos momentos que foi a mando de Deus”, registrou a Polícia Militar.

Veja o vídeo do suspeito:



“Esse tipo de ataque é sui generis aqui no Brasil. Não estamos acostumados com esse perfil de infrator que entra no meio da multidão, se passa por eleitor e tenta matar o candidato. Isso nos leva a adotar outros tipos de protocolo”, explica o major Flávio Santiago, chefe da sala de imprensa da Polícia Militar.

Ainda segundo o major Santiago, neste tipo de evento, os candidatos se misturam aos apoiadores e contam com o trabalho de seguranças particulares. “A PM apenas acompanha e dá suporte para evitar possíveis distúrbios de grupos antagônicos. Ele invadiu esse perímetro de segurança e cometeu um crime”, concluiu o major. O suspeito pode ser indiciado por tentativa de homicídio.

Em nota, a Polícia Federal informou que foi instaurado inquérito policial para apurar as circunstâncias do fato. O comunicado esclarece ainda “que o candidato contava com a escolta de policiais federais quando foi atingido por uma faca durante um ato público na cidade de Juiz de Fora/MG”.

Adélio Bispo no Facebook

Adelio Bispo de Oliveira mantém perfil no Facebook. Na página, ele indica que é solteiro e morador de Montes Claros, no Norte de Minas. Adélio não deixa clara sua posição política, mas fez postagens que criticam o candidato Jair Bolsonaro e compartilha sites de esquerda.

Em um desses posts, ele chama Ana Amélia, senadora do PP, e candidata à vice-presidente de Geraldo Alckmin (PSDB), de ‘ladra’ ao compartilhar uma notícia do site ‘Esquerda Diário’.

Ele também compartilhou um vídeo em que o ator Alexandre Frota é supostamente expulso da Câmara de Sorocaba. No Facebook, o suspeito afirma ser contra o ator como possível Ministro da Cultura em um governo de Bolsonaro.

Ainda na plataforma, o homem que esfaqueou Bolsonaro deixou uma frase sobre a Justiça: “Não Importa Em Que Partido Tu Militas, Nem A Ideologia Que Acreditas Ou Fé Que Tu Praticas, Se Você Tens Prazer No Triunfo Da Justiça Então Somos Irmãos!!!”.

Ele também faz citações sobre a maçonaria e o comunismo.

Autor foi filiado ao PSOL

A direção do PSOL em Minas Gerais confirmou nesta quinta-feira (6) que o suspeito de ter esfaqueado o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), Adélio Bispo de Oliveira, foi filiado ao partido por pelo menos sete anos. A presidente do diretório mineiro do partido, Maria da Consolação Rocha, repudiou o ataque sofrido por Bolsonaro e disse não se lembrar do histórico de militância de Adélio junto ao partido. Em sua página no Facebook, o diretório mineiro emitiu uma nota condenando o ataque.

A agressão sofrida pelo candidato do PSL, Jair Bolsonaro, configura um grave atentado à normalidade democrática e ao processo eleitoral. Nosso partido tem denunciado a escalada de violência e intolerância que contaminou o ambiente político nos últimos anos. Por isso, não podemos nos calar diante deste fato grave. Repudiamos toda e qualquer ação de ódio. Cobramos investigação sobre o ataque contra o candidato do PSL. Esperamos das autoridades as medidas cabíveis contra seu autor.

Executiva Estadual do PSOL Minas Gerais
6 de setembro de 2018

Confira imagens do momento em que Bolsonaro é esfaqueado:







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(Fonte: Hoje em Dia e UOL)

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