Férias de julho aquecem vendas em agências de turismo de Montes Claros

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As férias de julho impulsionam o setor de turismo em todo o país. E, apesar da crise financeira, a procura por pacotes de viagens segue em crescimento em Montes Claros, no Norte de Minas. As agências mantiveram os tradicionais pacotes para destinos nacionais e até internacionais.

O Brasil enfrenta um momento ruim no cenário financeiro há mais de um ano, mas isso não tem atrapalhado os planos de muita gente. A gerente administrativo, Elenice Mendes, planejou a viagem para Porto Seguro no início do ano e vai embarcar com a família toda. “Vou com meu esposo, filho e minha mãe. Viajar neste período é muito bom, principalmente por causa das férias”, ressalta.

Porto Seguro é um dos principais destinos dos norte-mineiros e a Elenice explica o por quê. “É um bom lugar pela distância e pelo custo também, além das belas praias. É uma viagem que se pode fazer com mais frequência”, afirma. Os pacotes para o local variam de R$ 560 a R$ 840.

Gramado é um dos destinos preferidos no Sul do país (Foto: Divulgação/Prefeitura de Gramado)

Procura

Na agência de turismo da empresária Beatriz Oliveira, as tradicionais praias da Bahia são as opções mais procuradas, com uma novidade: o Morro de São Paulo. O local é composto por praias e paisagens deslumbrantes. Fica em uma ilha e só é possível ter acesso a ela por meio de barco ou avião. Diferenciais que têm feito a procura por este destino crescer.

“Arrisco a dizer que tivemos um aumento, em geral, de uns 10% nas vendas em relação ao mesmo período de 2015. Estamos saindo com três ônibus neste mês. Além de Porto Seguro e Salvador, o Morro de São Paulo tem tido grande saída. As pessoas estão começando a conhecer as belezas da ilha”, explica Beatriz.

Carlos Corrêa também é empresário no ramo e conta que embora o momento seja difícil, a demanda tem se mantido estável e com destinos diferentes dos habituais. “Percebemos que a procura por Porto Seguro, que é sempre muito grande, caiu um pouco. Destinos como Caldas Novas, Gramado e Fortaleza estão mais em evidência”, afirma.

Quem se interessa pelas águas térmicas e os parques aquáticos de Caldas Novas pode desfrutar das belezas da cidade através de pacotes que variam de R$750 a R$950. Mas, se o desejo é curtir o frio de Gramado, o viajante terá que desembolsar cerca de R$1800 para o conforto de uma viagem aérea, com diárias em hotel três estrelas.

Além das praias nordestinas e do frio do sul do país, a região centro-oeste brasileira também é atrativa. Segundo a empresária Maria de Jesus Pinheiro, quando as pessoas podem investir um pouco mais, elas optam por destinos diferentes. Tanto é que ela preparou uma excursão para o Pantanal. A viagem começa pela cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul, passa por Paraguai e Bolívia e termina em Corumbá, também Mato Grosso do Sul.

“Nossos clientes gostam muito desse tipo de viagem. São lugares diferentes, que possibilitam conhecer países vizinhos e desfrutar de belezas escondidas. É um roteiro lindo, e que eles preferiram fazer de forma terrestre, para aproveitar mais esses destinos”, ressalta Maria de Jesus.

Destinos internacionais

O preço do dólar e do euro motivou o crescimento das viagens para fora do país. Então, para quem deseja se aventurar mundo afora, o momento é propício. Essa variação tem dado aquele empurrãozinho para os turistas.

Quem sonha em conhecer Buenos Aires, por exemplo, tem que desembolsar US$ 700. Se o desejo é ir mais longe na América, os Estados Unidos é uma das opções favoritas. Conhecer Orlando e/ou Nova York requer um investimento de aproximadamente US$ 1800. Atravessar o oceano Atlântico para ir ao Velho Continente também tem sido uma boa oportunidade. Pacotes de circuitos europeus são os prediletos, com destinos a Portugal, Espanha, Itália e Grécia.

“Por causa da queda das moedas internacionais, as viagens têm se tornado mais viáveis. Os pacotes internacionais têm tido boa saída, até porque é um momento importante para a economia. A grande diferença detectada nesta crise é que, ao invés das pessoas passarem muitos dias na Europa, por exemplo, elas têm optado por ficar menos tempo. Por isso, as viagens não diminuíram, o que diminuiu foi o tempo de permanência”, explica o empresário Carlos Corrêa.

(Fonte: G1 Grande Minas)

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