Conheça nove histórias de terror genuinamente mineiras

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Chegou o Dia das Bruxas! Na cultura popular mineira, são vários os casos de arrepiar espalhados da capital ao interior. Relembramos nove deles, confira:

1 – Bicho de Pedra Azul

Também conhecido como Bicho da Carneira, Bicho da Fortaleza e até Lobisomem do Jequitinhonha, a criatura é famosa na cultura popular do Norte de Minas. Conta-se que o monstro, cuja forma é descrita como um horripilante cachorrão, era um antigo morador da cidade, chamado Joaquim Antunes de Oliveira, falecido no final do século 19. Anos mais tarde, com a construção de um novo cemitério em Pedra Azul, seu túmulo foi transferido de lugar. Um dia, a nova tumba amanheceu violada, com vários pelos de animais ao redor. Na mesma época, criações começaram a ser misteriosamente atacadas e devoradas na região. Surgia assim a lenda que ainda assusta muita gente até hoje por aquelas bandas.

Arte: Quinho / Estado de Minas

2 – Loira do Bonfim

Imagine se você fosse um taxista de BH e entrasse no seu veículo uma bela cliente, elegante e de cabelos loiros. É tarde da noite e ela pede para você levá-la até o Cemitério do Bonfim, Região Noroeste da capital. Depois de pagar a corrida, ela desce e desaparece entre as sepulturas da necrópole. Essa estranha cena foi relatada entre vários boêmios da cidade desde a década de 50, criando assim a lenda da Loira do Bonfim, responsável por fazer muito marmanjo correr de medo ao se deparar com uma loira desacompanhada nos bares dos bairros Bonfim e Lagoinha.

Arte: Quinho / Estado de Minas

3 – Capeta do Vilarinho

Quem conhece sabe que a Avenida Vilarinho, na Região de Venda Nova, é reduto de bailes e festas dançantes na capital. E quem é ‘’das antigas’’ provavelmente já ouviu falar na história do Capeta do Vilarinho, que ficou famosa no final da década de 80. Dizem que um rapaz de chapéu, que se apresentava como Alex, apareceu certa vez em um dos bailes. Com um talento que parecia sobrenatural para a dança, o moço logo conquistou a atenção de várias garotas no salão. Um dia, num passo mais ousado, seu chapéu caiu, revelando um par de chifres na testa. A multidão presente se apavorou e partiu para cima daquilo que aparentava ser o “Coisa Ruim” em carne e osso. Na fuga, ele perdeu os sapatos, revelando ainda ter patas de bode no lugar dos pés. A história rendeu até uma música, que você pode conferir no Youtube, buscando por “Melô do Alex – Capeta do Vilarinho”.

Arte: Quinho / Estado de Minas

4 – E.T. de Varginha

Nacionalmente famoso, o mistério ainda intriga muita gente. Em 1996, duas criaturas de outro planeta teriam sido avistadas e capturadas na cidade, voltando todos os interesses ufológicos do país para o município do Sul de Minas. Apesar de nenhuma confirmação oficial, muita gente no local garante ter visto objetos estranhos voando no céu. Verdade ou não, fato é que o tal E.T. acabou virando o mascote da cidade.

Arte: Quinho / Estado de Minas

5 – Caboclo d’água

Esse monstro das águas provoca arrepios nos pescadores do Rio São Francisco há várias gerações. Com aparência horrenda e musculosa, o bicho vive entre as margens e o leito do rio, virando canoas e causando pânico nos pescadores. As carrancas são usadas nas embarcações para tentar afugentá-lo.

Arte: Quinho / Estado de Minas

6 – Fantasma de Ouro Preto ou Fantasma do Inconfidente

Foi na Casa dos Contos, em Ouro Preto, na Região Central do estado, antigo local de pesagem e fundição de ouro, que o poeta Cláudio Manoel da Costa morreu. Era um dos inconfidentes mais influentes e há dúvida se ele se suicidou ou se foi assassinado pelas forças da coroa portuguesa. Reza a lenda que, nas madrugadas, Cláudio Manoel ainda frequenta o casarão, hoje centro de cultura mantido pelo Ministério da Fazenda. Há quem jure que o viu andando sobre o assoalho, recitando seus poemas.

Arte: Quinho / Estado de Minas

7 – Mulher da Rua Direita (Em Mariana)

Durante anos, moradores e turistas viram à noite, nas ruas da histórica e tricentenária Mariana, na Região Central do estado, principalmente na Rua Direita, uma mulher em roupas esfarrapadas. Quando se aproximavam, ela se transformava em uma dama elegante, de roupas finas e cobertas de joias. Os relatos, de acordo com os folcloristas, a apontam com a alma de uma das ricas senhoras dos tempos da corrida do ouro. Dizem que, de vez em quando, ela ainda aparece como uma mortal andarilha.

Arte: Quinho / Estado de Minas

8 – Procissão das Almas em Sabará

Quase todas as cidades históricas têm relatos de procissão das almas na quaresma. A da tricentenária Sabará, para quem tem o poder de ver os mortos, passa pela Rua Dom Pedro II. Lá, da janela de uma casinha do século 18, dona Sinhá ficava procurando motivos para fuxicar. E à meia-noite de sexta-feira da Paixão ela viu subir a ladeira um grupo de pessoas vestidas de branco e apenas uma de preto, à frente do cortejo, com uma vela nas mãos. Ao passar pela janela, ele deu a vela a Sinhá e disse: “Não a apague. Viremos buscá-la no sábado de Aleluia”. A velha, muito curiosa, pôs a vela sobre a mesa e a apagou. No outro dia, havia o osso de uma perna humana no lugar. No sábado, mesmo apavorada, esperou a procissão passar para entregar o osso ao homem que puxava o cortejo. Ele o recebeu e disse: “Esta foi a primeira e última vez que a senhora nos viu da janela”. Sinhá morreu três meses depois e dizem que na quaresma seguinte lá estava ela, engrossando a procissão.

Arte: Quinho / Estado de Minas

9 – Luzinha da Quaresma (Entre Rios de Minas)

Como todas as cidades mineiras, Entre Rios de Minas e São Brás do Suaçuí, no Campo das Vertentes, “convivem” com a misteriosa luzinha. Acredita-se que a lenda exista desde a época do ouro, e até mesmo antes disso. Dizem que “luzinha” aparece durante todo o ano, nas noites mais escuras, e pode ser vista com mais frequência na quaresma, principalmente por quem anda aprontando no período de penitência. Dizem que ela surge pequena e logo se transforma em uma grande bola de fogo que corre atrás da pessoa que se atreve a enfrentá-la. Se a pessoa não corre, a luz se torna uma mulher à procura de ajuda. Há quem diga que já viu a tal “luzinha” pelas redondezas, mas não teve a coragem de enfrentá-la. “Deu no pé”, como se diz por lá. Fica então o mistério.

Arte: Quinho / Estado de Minas

(Fonte: Jornal Estado de Minas)

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