Protesto em defesa da indústria e do emprego fecha a BR-365, em Pirapora

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Trabalhadores da indústria metalúrgica e sindicalistas fazem, na manhã desta quarta-feira, 1º de julho, um protesto na BR-365, em Pirapora, no Norte de Minas. Com um carro de som, faixas e bandeiras, cera de mil manifestantes param o trânsito nos dois sentidos da rodovia, altura do km 160, na ponte do Rio São Francisco.

De acordo com o secretário municipal de Emprego, Desenvolvimento Econômico e Agropecuário de Pirapora, Celso Leonardo Ribeiro de Oliveira, que também participa do movimento, a crise econômica que afeta o setor de metalurgia e provoca desemprego na região é o principal motivo da manifestação. Segundo o secretário, cerca de três mil pessoas que trabalhavam no segmento de ferro-liga e silício metálico das cidades de Pirapora, Várzea da Palma e Buritizeiro foram demitidas somente em 2015.

Celso de Oliveira explicou ainda que o alto custo da energia elétrica e a elevada carga tributária têm levado os empresários a diminuir custos e cortar postos de trabalho. “A cidade de Pirapora está vivendo um caos. Todo mundo está aterrorizado porque o seguro-desemprego vai acabar e o pessoal que foi demitido não tem o que fazer”, destacou. A ato é contrário também à aprovação das medidas provisórias 664 e 665, aprovadas recentemente do Congresso, que reduzem direitos trabalhistas.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Montes Claros enviou uma equipe para local do protesto que, por enquanto, é pacífico.

Nota do movimento

O Movimento regional em defesa da indústria e do emprego, formado por sindicatos, entidades, empresários e poderes públicos de Pirapora, Várzea da Palma e Buritizeiro, divulgaram nota sobre o protesto desta quarta-feira. Veja abaixo:

“Hoje é dia de manifestação! Desculpe o transtorno, mas estamos protestando pelo fim da crise energética e industrial que está arruinando a economia do país e especialmente os municípios do Norte de Minas!

A Medida Provisória (MP) 677 está renovando os contratos da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF) com Nordeste, criando o Fundo de Energia do Nordeste (FEN) e prorrogando os contratos com indústrias até 8 de fevereiro de 2037. Assim, a Chesf fornecerá energia para as empresas nordestinas a um custo bem abaixo do mercado: R$ 125 o Mwh.

Enquanto isso, a região Norte de Minas (que integra a área da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE) continua sofrendo com o prolongamento de uma crise energética sem precedentes, agravada pela falta de sensibilidade dos Governos e da CEMIG em manter os contratos de fornecimento energético com valores acessíveis.

As empresas de ferro-liga possuíam contratos no valor de R$ 70 o Mwh, valor que agora subiu para R$ 400. O preço justo garantirá a retomada da produção industrial e o fim da onda de demissões em massa que ameaçam a economia de Pirapora, Várzea da Palma e vários outros polos industriais.

Queremos solução urgente dos Governos Federal e Estadual – uma luz no fim do túnel – para garantir, no mínimo, o mesmo tratamento dispensado ao Nordeste para salvar nossas indústrias, os empregos dos trabalhadores e a economia dos municípios diante dos efeitos nefastos da crise energética!, diz o comunicado

Concentração na ponte do Rio São Francisco – Foto: Thiago Matos / Via WhatsApp

Concentração na ponte do Rio São Francisco – Foto: Thiago Matos / Via WhatsApp

Concentração na ponte do Rio São Francisco – Foto: Thiago Matos / Via WhatsApp

Concentração na ponte do Rio São Francisco – Foto: Thiago Matos / Via WhatsApp

Concentração na ponte do Rio São Francisco – Foto: Thiago Matos / Via WhatsApp

Concentração na ponte do Rio São Francisco – Foto: Thiago Matos / Via WhatsApp

Concentração na ponte do Rio São Francisco – Foto: Thiago Matos / Via WhatsApp

Concentração na ponte do Rio São Francisco – Foto: Thiago Matos / Via WhatsApp

Concentração na ponte do Rio São Francisco – Foto: Thiago Matos / Via WhatsApp

Concentração na ponte do Rio São Francisco – Foto: Thiago Matos / Via WhatsApp

(Fonte: Estado de Minas)

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