Sibanana mostra em evento o potencial do polo de bananicultura do Norte de Minas

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Encontro promove intercâmbio entre Norte de Minas e estados produtores de banana, fruta de alto valor nutricional, muito consumida pelos brasileiros.

Os avanços no cultivo, manejo, tecnologias de produção e comercialização estão em evidência na 8ª edição do Simpósio Brasileiro de Bananicultura (Sibanana) e 1ª Feira de Fruticultura do Norte de Minas (Frutinorte), que teve início, nesta segunda-feira (8/6), em Montes Claros. Durante a abertura desta edição, coordenada pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e Sociedade Brasileira de Fruticultura (SBF), representantes de instituições ligadas ao setor falaram sobre agronegócio, mercado nacional e internacional da banana.

Abertura do evento reuniu diversas instituições ligadas ao setor – Foto: Erasmo Reis/Epamig

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Fruticultura (SBF), Almy Júnior Carvalho, que ministrou palestra magna “Ciências agrárias e o agronegócio no Brasil”, o Simpósio é fundamental para o diálogo entre a cadeia produtiva da banana. “É o momento de buscarmos caminhos para a expansão da cultura e sua ampliação a partir do desenvolvimento científico rumo a novos mercados”, analisa. O presidente da Epamig, Rui Verneque, ressaltou a expressividade de Minas Gerais, terceiro maior estado produtor, na bananicultura nacional. “A pesquisa agropecuária tem contribuído para a transformação do Norte Minas em um dos principais polos nacionais de produção da banana, que é uma fruta nutritiva e muito presente na mesa dos brasileiros”, destaca.

Nesta terça, a programação teve início com palestras e discussões sobre mercado interno, pós-colheita e exportação. De acordo com o bananicultor e consultor Jorge Luiz de Souza, um dos palestrantes desta terça, a região do Jaíba, que mantém área de produção de 35 mil hectares tem potencial para produzir 60 mil hectares de banana. “Temos área para expansão do cultivo e o mercado europeu, potencial consumidor de banana prata, mas ainda nos faltam avanços em tecnologias e ação empreendedora. O nosso grande desafio é oferecer um produto com maior qualidade visual para atender o apreço do consumidor”, afirma.

Para o agrônomo Carlos Alberto Gonçalves, que é responsável técnico pela produção de 225 hectares da Fazenda Barriguda, no Perímetro Irrigado do Jaíba, a pós-colheita é ainda um desafio para o setor. “Temos um manejo adequado, mas precisamos avançar quanto aos cuidados no armazenamento e acondicionamento da fruta”.

O uso racional da água, manejo e controle de doenças que afetam a cultura da banana também serão discutidos durante o Sibanana que vai até o dia 12 de junho. De acordo com a coordenadora desta oitava edição do Simpósio, Maria Geralda Vilela Rodrigues, que é também coordenadora do Programa Estadual de Fruticultura da Epamig, os participantes também terão a oportunidade de conhecer propriedades certificadas que buscam sustentabilidade ambiental, segurança alimentar e viabilidade econômica.

“Os visitantes poderão ver in loco o sistema produtivo do Norte de Minas, em sistema produtivo 100% irrigado, durante as visitas técnicas em bananais em Capitão Enéas e no Projeto Jaíba, nesta sexta-feira, 12”, disse.

A programação completa pode ser acessada através do site www.sibanana.com.br

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