Data é comemorada nesta terça-feira, 9 de junho, e serve como alerta para garantir proteção contra doenças graves, como HPV.
No Dia da Imunização, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) destaca a importância das vacinas para garantir a proteção às doenças infectocontagiosas, como gripe, poliomielite, sarampo, rubéola, febre amarela e HPV, dentre outras. Embora o país seja referência no mundo por garantir gratuitamente todas 17 vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que combatem mais de 20 doenças, ainda assim, algumas pessoas deixam de se vacinar ou levar os filhos para serem imunizados. Um exemplo disso é a vacina contra o HPV.
Vacinas são fundamentais para proteger população – Foto: Aline Assis / Agência Minas
A segunda fase da campanha de vacinação contra o HPV, o papilomavírus humano (HPV), vírus causador do câncer de colo do útero, teve início em março de 2015 e imunizou, até o momento, 219 mil meninas em Minas, alcançando uma cobertura de 45,8%. A meta, porém, é atingir 80% deste público, composto por meninas de 9 a 11 anos, o que representa, em todo o estado, 478.679 pessoas.
Para a coordenadora estadual de Imunização da Secretaria de Saúde, Tânia Brant, o número ainda é considerado não satisfatório. “A baixa procura pela vacina se explica, pois, culturalmente, os adolescentes e jovens não gostam de vacinar e os pais já não conseguem obrigar os seus filhos, dentro dessa faixa etária, a serem imunizados. O mesmo acontece em relação a outras vacinas importantes que estão disponíveis e são oferecidas aos jovens e eles não se vacinam. Mas é de extrema importância que essas adolescentes sejam imunizadas, para que possam estar protegidas contra as infecções causadas pelo vírus e que estão relacionadas a vários tipos de câncer. A vacina contra o HPV continua disponível nas unidades de saúde”, explicou.
A orientação é para dar continuidade na proteção, ou seja, as adolescentes que já receberam a primeira dose devem procurar a unidade de saúde mais próxima para receberem a segunda dose, mesmo excedido o prazo de seis meses após a primeira etapa. “Para as meninas que não receberam a segunda dose da vacina, reforçamos que, só com a primeira, ela não fica protegida. Quando a menina é vacinada com as duas doses, ela fica protegida para os HPV 16 e 18, que são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo do útero e 90% para verrugas nos genitais com o HPV 6 e 11. Para proteção completa é necessário tomar as três doses da vacina”, esclarece Tânia.
Nova faixa etária
Em 2014, a população-alvo da vacina contra o HPV foi composta por meninas de 11 a 13 anos. Em 2015, a faixa etária mudou para adolescentes de 9 a 11 anos e, a partir de 2016, serão vacinadas as meninas que completam 9 anos de idade. O SUS trabalha com três doses para que seja garantida a eficácia da vacina HPV. O intervalo entre as duas primeiras é de seis meses e a terceira é dada, como reforço, cinco anos depois da segunda dose.
Portadoras de HIV/AIDS
Também em 2015 foi incluída e priorizada a vacinação contra o HPV em mulheres de 14 a 26 anos, portadoras de HIV/AIDS. A inclusão foi devido a estudos que apontaram que esse público tem cinco vezes mais chances de desenvolver o câncer no colo do útero em comparação com a população em geral. Além disso, elas também estão mais propensas a terem lesões causadas por HPV maiores e em maior número, e com maiores chances de reaparecer após o tratamento. Para esse grupo o esquema vacinal é diferenciado. Para as meninas e mulheres que convivem com o HIV, as três doses da vacina são ministradas no intervalo de seis meses, sendo a segunda dose dois meses após a primeira, e a terceira dose, seis meses após a primeira.
A doença
A infecção por HPV é a principal responsável pelo câncer no colo do útero. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a cada ano surgem 15 mil novos casos e 5 mil mortes ocorrem por causa da doença no Brasil. A vacina é a principal forma de prevenção, por isso, é importante que meninas de 9 a 13 anos recebam sejam imunizadas contra o HPV. Ela é segura, gratuita, e está incluída no Calendário Nacional de Vacinação.
