Secretaria Estadual de Saúde confirma primeiro caso de febre chikungunya em Minas Gerais

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A paciente é moradora de Matozinhos, cidade na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e teria contraído a doença em Minas

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou, nesta segunda-feira (13), o primeiro caso de febre chikungunya em Minas Gerais. A paciente é moradora de Matozinhos, cidade na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e teria contraído a doença dentro do estado. Outros cinco casos são investigados pelo órgão.

A mulher, de 48 anos, começou a sentir os primeiros sintomas da doença em agosto deste ano. Na última sexta-feira, equipes da Secretaria estiveram na casa da paciente e ela relatou dores de baixa intensidade nas articulações dos ombros, quadril e joelhos. Mesmo com os sintomas, o estado de saúde dela é considerado bom.

Os exames feitos na paciente foram encaminhados para a Fundação Ezequiel Dias (Funed) que confirmou o caso. Como a mulher não viajou para nenhum local onde o vírus circula, a suspeita é que ela tenha contraído a doença no município onde mora.

Quando surgiu a suspeita da doença, a Superintendência Regional de Saúde fez uma investigação no município para detectar se outras pessoas também contraíram a doença. Foram feitas buscas nas fichas de atendimento no Centro de Especialidades, no Pronto Atendimento e nas unidades básicas de saúde. Nenhum outro caso suspeito foi encontrado.

Até esta segunda-feira, dez exames foram realizados em pacientes com sintomas da febre chikungunya. Ainda aguarda os resultados pacientes moradores de Belo Horizonte, Contagem, Montes Claros, Viçosa, e Coronel Fabriciano. Foram descartados os casos em Mato Verde, Itaúna, Alfenas e Santo Antônio do Monte.

Outros estados brasileiros já confirmaram casos de Febre Chikungunya. Até 4 de outubro, o Ministério da Sáude registrou 211 casos da doença. Do total, são 38 casos importados de pessoas que viajaram para países com transmissão, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa. O restante foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional. Destas, 17 foram no município de Oiapoque (AP) e 156 em Feira de Santana (BA).

Transmissão

A doença é transmitida pelo Aedes aegypti, mesmo mosquito da dengue, e os sintomas são semelhantes, apesar de ser menos letal. A doença provoca dores fortes nas articulações, além de febre, mal-estar e dor de cabeça. Os sintomas podem se prolongar por semanas. O combate à doença é feito da mesma forma que o combate à dengue, controlando a proliferação dos mosquitos.

Assim como a dengue, o vírus não possui vacina. O tratamento da chikungunya consiste no alívio dos sintomas, que costumam durar de três a 10 dias. Pessoas com a doença sentem febre abrupta, dor de cabeça, manchas avermelhadas no corpo, dor intensa nas articulações, principalmente, nas menores, com as das mãos e dos pés.

Os sintomas da doença começam a se manifestar de dois a 12 dias depois de ser picada, que é o período de incubação. Para evitar a transmissão do vírus, deve-se combater o mosquito Aedes aegypti. Os moradores devem evitar água parada, verificar se a caixa d água está bem fechada, não acumular vasilhames no quintal, verificar se as calhas não estão entupidas, eliminar pratos dos vasos de planta, entre outras medidas.

Enfrentamento

Para enfrentar a doença, o Estado vai intensificar as atividades de vigilância, divulgação de medidas às secretarias municipais de saúde e preparação de laboratórios para diagnósticos da doença. Na divulgação de controle do Aedes aegypti para a dengue, agora serrão incluídas informações sobre a febre Chikungunya.

Em Matozinhos, cidade onde foi constatado o primeiro caso, um caminhão fumacê começa a percorrer as ruas e avenidas já nesta terça-feira. A intenção é eliminar o mosquito.

Uma equipe médica será treinada para atuar em todo o estado. Outra ação é a capacitação dos profissionais de Saúde. Nos dias 20 e 21 de outubro, 300 profissionais da saúde serão treinados. Também serão contratados 22 médicos que serão referência para esses e outros agravos infecciosos.

(Fonte: Estado de Minas)

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