Obra usada para desviar recursos públicos atenderia 300 alunos em Coração de Jesus, no Norte de Minas

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A Polícia Federal confirmou na tarde desta sexta-feira (07/10/2016) que uma perícia final irá apontar com detalhes os itens que não foram concluídos na construção de uma escola em Coração de Jesus, no Norte de Minas. A obra, iniciada em 2011, seria para atender 300 crianças no município e ainda não possui condições mínimas de receber os alunos. O ex-prefeito Toninho Cordeiro foi preso na manhã desta sexta, na operação Ad Necessitatem.

Uma investigação da PF apontou que o município fraudou uma licitação no valor de R$ 1,2 milhão para construção da instituição educacional, mas apenas 56,58% da obra foi concluída e a administração pagou todo o valor à empreiteira vencedora do certame.

Durante a operação desta sexta, três integrantes da comissão de licitação do município, à época da fraude, e a funcionária da empreiteira responsável pelos recebimentos junto à prefeitura, foram conduzidos coercitivamente para prestar depoimento. O engenheiro fiscal do município e o proprietário da empreiteira não foram localizados.

Obra foi abandonada pelo município (Foto: Divulgação/Polícia Federal)

“O engenheiro responsável pela aprovação da obra, quem disse que 100% da obra estava concluída, é irmão do empresário, mas isso não tira a responsabilidade do prefeito. Tudo que se compra em uma prefeitura, o prefeito assina e estamos falando da construção de uma escola”, explica o delegado Pedro Dias.

Todos os conduzidos prestaram depoimentos e foram liberados. O prefeito foi levado para o presídio Alvorada m Montes Claros, onde deve ficar preso pelos próximos cinco dias. O delegado afirmou que este período será utilizado para produção de provas. “A prisão temporária é deferida quando se tem elementos suficientes para atribuir a responsabilidade a alguém e ainda produzir provas, já que ouvimos todos os envolvidos”, explica.

Obra foi abandonada pelo município (Foto: Divulgação/Polícia Federal)

Obra foi abandonada pelo município (Foto: Divulgação/Polícia Federal)

(Fonte: G1 Grande Minas/Valdivan Veloso)

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