Bebê arrancado da barriga da mãe em Minas ‘custou’ dois mil reais e cortes de cabelo

1

Evitar o término do relacionamento com o namorado, um homem rico, motivou Shirley de Oliveira Benfica a encomendar a morte de Greiciara Belo Vieira, de 19 anos, e a retirada do bebê dela, em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, na madrugada da última sexta-feira (19/08). Ela e outros três suspeitos de envolvimento no crime foram presos e podem pegar até 40 anos de prisão. Eles iriam receber, como recompensa, R$ 2.000, roupas, celular e cortes de cabelo. Duas pessoas seguem foragidas.

Conforme as investigações, o namorado de Shirley queria terminar a relação no fim do ano passado e, para evitar que isso acontecesse, ela disse que estava grávida. A suspeita, que é ex-garota de programa, contactou uma amiga de longa data, a técnica em enfermagem Jacira Santos de Oliveira, 60, e pediu que ela a ajudasse a conseguir uma criança recém-nascida para adoção. O dia do falso parto, no entanto, se aproximava, e Shirley decidiu pedir apoio da travesti Mirele (Lucas Mateus da Silva), 22, que era amiga da vítima, para pegar o bebê.

Greiciara Belo Vieira tinha 19 anos (Foto: Divulgação)

Na última quarta-feira (17), Mirele procurou Greiciara pela internet e a chamou para um encontro, no qual entregaria roupinhas de presente à criança. No dia seguinte, após dar a lembrança à jovem, Mirela a convidou para uma festa no bairro São Jorge, em Uberlândia, no Triângulo, onde elas fumaram maconha, e a gestante ingeriu, sem saber, um medicamento que a deixou sonolenta.

Neste momento, Mirele, Jacira, a travesti Yasmin (Jonathan Martins Ribeiro de Lima), de 24, e outros dois suspeitos, que estão foragidos, a colocaram em um carro e partiram em direção a uma represa em Ituiutaba, a aproximadamente 140 km de distância. Shirley também iria, mas o namorado dela, morador de Araguari, na mesma região, chegou de surpresa em Uberlândia para visitá-la.

“Chegando ao local, eles tentaram fazer a vítima desmaiar com éter, mas não conseguiram. Então, seguraram os membros dela e fizeram a cesariana, com ela acordada e implorando para que não fizessem aquilo. O parto foi feito com lâminas, no chão, tudo muito precário”, afirmou o delegado regional de Ituiutaba, Carlos Fernandes. Depois, eles enforcaram a vítima com a roupinha do bebê, que ela havia ganhado anteriormente, envolveram o corpo em uma tela metálica, o prenderam a uma pedra e jogaram na água.

Todos os presos confirmaram participação no crime. Eles vão responder por homicídio triplamente qualificado – por motivo fútil, uso de tortura e mediante recursos que dificultam a defesa da vítima –, sequestro, ocultação de cadáver e subtração de incapaz. “Para convencer Mirele, a Shirley prometeu um celular. Para a enfermeira, R$ 2.000, e para os demais, roupas e cortes de cabelo”, disse o delegado.

Suspeitos foram apresentados à imprensa nesta sexta (Foto: Divulgação/PCMG)

(Fonte: O Tempo e PCMG)

1 COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui