Ônibus turísticos circularão pela Pampulha e outros pontos de Belo Horizonte

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Turistas que visitam Belo Horizonte deverão contar, ainda este ano, com ônibus turísticos para conhecer o Conjunto Moderno da Pampulha e outro pontos de referência da capital mineira. O serviço será explorado pela iniciativa privada. A Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur) planeja lançar em 30 dias o edital de licitação.

Os ônibus serão estilizados, com imagens da cidade. Segundo Gustavo Mendicino, diretor de Promoção Turística da Belotur, as empresas interessadas poderão propor veículos retrô ou do tipo City Sightseeing, com piso superior aberto, similar aos utilizados nas cidade europeias e em algumas capitais brasileiras como São Paulo e Curitiba.

Projetado por Oscar Niemeyer, o Conjunto Moderno da Pampulha recebeu no mês passado o título de Patrimônio Mundial da Humanidade , concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A cerimônia oficial de entrega do certificado da conquista será no dia 17 de agosto.

“Com o título, estamos preparando a cidade para se tornar de fato um polo de turismo em âmbito nacional. A falta de um transporte que ligue os equipamentos tombados da Pampulha é um dificultador que precisamos contornar”, explica Gustavo Mendicino. A ideia inicial é que exista uma linha conectando os edifícios que integram o conjunto moderno e outra ligando a Pampulha a pontos turísticos como o Mercado Central, o Circuito Cultural da Praça da Liberdade e o Parque da Serra do Curral. O trajeto também deverá incluir hotéis.

A expectativa da Belotur é iniciar o serviço até novembro. “Após o lançamento do edital, teremos mais 45 dias para o início das operações. Então, acredito que entre 60 e 75 dias esse ônibus já esteja circulando”, estima Mendicino. Os valores das passagens ainda estão sendo estudados.

Os ônibus turísticos devem ser a primeira de diversas novidades, pois a prefeitura de Belo Horizonte assumiu compromissos com a Unesco, entre eles a despoluição da Lagoa da Pampulha e a elaboração de um plano de turismo. Além do transporte turístico, também será recriada uma linha de ônibus convencional que passe pelos edifícios modernos. Outra medida cogitada é a implantação de um serviço de barcos na Lagoa da Pampulha, pelo qual também seria possível acessar o conjunto.

Igreja São Francisco de Assis (Foto: Divulgação/Portal PBH)

Modernismo

O Conjunto Moderno da Pampulha é composto por cinco edifícios projetados por Oscar Niemeyer: a Igreja São Francisco de Assis, a Casa do Baile, o Museu de Arte da Pampulha, o Iate Tênis Clube e a Casa Kubitschek. Todos eles foram construídos na orla da Lagoa da Pampulha em 1942 e 1943, durante a gestão do então prefeito Juscelino Kubitschek.

As estruturas modernistas contam ainda com jardins projetados por Roberto Burle Marx, painéis em azulejos do pintor Cândido Portinari e esculturas de artistas reconhecidos, entre eles Alfredo Ceschiatti e José Alves Pedrosa. Na esteira do complexo arquitetônico, também foram construídos nos arredores da Lagoa da Pampulha a Fundação Zoo-Botânica, os estádios do Mineirão e Mineirinho e o campus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O título de Patrimônio Mundial da Humanidade foi ratificado após decisão consensual dos 21 países que integram o Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco, em reunião realizada no dia 17 de julho em Istambul (Turquia). Único representante brasileiro na disputa, o Conjunto Moderno da Pampulha já era tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelos poderes estadual e municipal.

Ele se tornou o 20º bem brasileiro inscrito na lista de patrimônios culturais da Unesco. Ao todo, a relação inclui mais de mil bens, entre eles as Muralhas da China, as Pirâmides do Egito e o santuário inca de Machu Picchu. (Agência Brasil)

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