Polícia Federal conclui dois inquéritos da 5ª fase da Operação Mar de Lama

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A Polícia Federal (PF) concluiu dois inquéritos relacionados às investigações da 5ª fase da operação Mar de Lama, em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. Os inquéritos foram encaminhados à Justiça Estadual e também serão entregues ao Ministério Público, que terá prazo de cinco dias para oferecer denúncia contra os envolvidos.

O primeiro inquérito é referente a fraudes realizadas pelo dono da empresa de transporte público urbano na cidade, Roberto José de Carvalho, e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário (Sinttro-GV), Jorge Ferreira Lopes. Segundo o delegado Cristiano Campidelli, os dois investigados teriam agido para prejudicar empregados que moviam ações trabalhistas contra a empresa Valadarense. Dos 20 processos investigados, em 16 foram encontradas fraudes.

“Haviam valores que eram devidos aos empregados e esses valores chegavam até a quantia de R$ 3 milhões. Essa quantia acabou sendo objeto de um acordo na justiça do trabalho no valor de R$ 623 mil reais, ou seja, um quinto do valor a que os empregados fariam jus. Ocorre que efetivamente o acordo celebrado entre a empresa e o sindicato foi no valor de R$ 1,5 milhão, porém o representante do sindicato embolsou R$ 800 mil em prejuízo dos 82 trabalhadores representados pelo sindicato que tiveram que dividir os R$ 623 mil reais restantes”, explicou o delegado Campidelli.

O segundo inquérito enviado à Justiça diz respeito a um pacote de munições calibre 38 encontradas em posse do presidente do sindicato. Em função disso, Jorge Ferreira Lopes também foi preso em flagrante delito, pelo crime de posse ilegal de arma de fogo.

O delegado Cristiano Campidelli afirma que apesar dos inquéritos terem sido concluídos, ainda há mais documentos a serem analisados e que novas diligências podem ser realizadas. “Tão logo novas diligências sejam necessárias, elas serão objeto de pedido de representação perante a justiça que for competente, seja ela estadual ou federal”, conclui. (G1 Vales de Minas Gerais)

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