A primeira parte do confronto entre Racing e Atlético, pelas oitavas de final da Copa Libertadores, disputada na noite desta quarta-feira (24/4), no Estádio El Cilindro, em Avellaneda, terminou num empate sem gols. Argentinos e brasileiros fizeram um bom jogo na cidade da grande Buenos Aires, cheio de alternativas, lances de habilidade e disputas ríspidas. No entanto, os goleiros sobressaíram e a decisão da vaga para as quartas de final ficou para Belo Horizonte.
O Atlético resistiu à pressão do Racing no El Cilindro. No primeiro tempo, foi difícil parar as investidas dos argentinos pelas laterais. Mas o Galo conseguiu e quase saiu com o resultado no fim da etapa inicial. Na etapa final, o time alvinegro começou levando pressão, mas criou boas chances em contra-ataques e quase abriu o placar. No fim, um susto e quase a vitória dos donos da casa.
Com o empate sem gols, o Atlético precisa da vitória para se classificar. Um novo 0 a 0 leva a partida para os pênaltis. Qualquer empate com gols ou vitória classifica o Racing para a próxima fase.
O Atlético marcou a partida de volta para o Independência. O jogo será realizado na quarta-feira da próxima semana, às 22h. Antes, o Galo terá o América, domingo, às 16h, no Horto, pelo primeiro jogo da decisão do Campeonato Mineiro.
Robinho foi a principal arma do Atlético (Foto: Bruno Cantini / Atlético)
Pressão no início e equilíbrio
O Racing começou o jogo exercendo a pressão já esperada pelos atleticanos. Logo no primeiro minuto, Romero tentou chute do meio-campo para encobrir Victor e a bola passou perto. Um minuto depois, após escanteio, Victor fez grande defesa. O time argentino aproveitava dos lançamentos em profundidade nas costas dos laterais alvinegros para atacar com perigo. O principal alvo era o paraguaio Romero, que deu muito trabalho e foi caçado no começo da partida.
A defesa atleticana cometeu muitas faltas perto da área. Muitos escanteios foram cedidos. Em um deles, aos 11 minutos, a bola foi ajeitada para Grimi, em impedimento milimétrico, marcar o gol. A arbitragem anulou bem o lance. Pressionado, o Galo tinha Dátolo pelo lado direito e Robinho pelo lado esquerdo, mas o meio-campo não tinha um jogador que levasse a equipe ao ataque. Por isso, as jogadas eram iniciadas na base da ligação direta.
A partir dos 30 minutos, o Atlético passou a tocar mais a bola e controlar o Racing, que não incomodava como antes. Aos 33, a defesa argentina errou, Robinho recuperou a bola, tocou para Pratto, que chutou. A bola desviou na zaga, e Saja fez grande defesa. Já no último lance, o Atlético trocou passes desde o campo de defesa, Robinho abriu com Dátolo, que cruzou para Júnior Urso. O volante, livre, cabeceou mal e a bola passou muito perto do gol de Saja.
Grito de gol fica entalado
A etapa final começou com pressão dos argentinos. Em duas oportunidades, Victor salvou o Atlético. Aos poucos, o Galo começou a se soltar e chegar com perigo nos contra-ataques. Aos 13, Robinho abriu para Pratto, que finalizou e viu a bola passar raspando o travessão. O time da casa voltou a assustar com Lisandro López, que acertou uma bomba no travessão de Victor.
Mas o momento do Atlético era melhor. Com a defesa sobressaindo ante os argentinos, o contra-ataque alvinegro funcionou duas vezes. Na primeira, Robinho recebeu lançamento de Marcos Rocha, ganhou do zagueiro na corrida, tocou por cima de Saja, mas a bola passou raspando a trave. No lance seguinte, Robinho avançou com velocidade, lançou para Júnior Urso, que bateu em cima do goleiro rival. No fim, o último suspiro do Racing. Aos 44 minutos, o zagueiro Victor subiu livre na área e cabeceou com muito perigo, por cima do gol atleticano.
(Fonte: Super Esportes)