Fapemig e Fapes financiarão tecnologias para recuperação da Bacia do Rio Doce

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Soluções rápidas e eficazes para a recuperação das áreas afetadas pelo rompimento da barragem em Bento Rodrigues, na região Central. Esse foi o desafio proposto aos pesquisadores de Minas Gerais e do Espírito Santo com o lançamento da chamada 4/2016 “Tecnologias para recuperação da Bacia do Rio Doce”.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). As propostas podem ser submetidas, eletronicamente, até as 17 horas desta terça-feira, 8 de março de 2016.

As inscrições devem ser apresentadas sob a forma de projeto de pesquisa e submetidas, obrigatoriamente, em versão eletrônica, no sistema Everest, pelo próprio site da Fapemig: www.fapemig.br. São consideradas elegíveis as propostas de Instituições de Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, sediadas no Estado de Minas Gerais e cadastradas junto à Fapemig, que atendam aos requisitos da Fundação.

Fapemig vai investir cerca de R$ 6,7 milhões nos projetos aprovados – Foto: Divulgação / Fapemig

A previsão é de um investimento de cerca de R$ 6,7 milhões nos projetos aprovados. As propostas relacionadas a essa chamada devem ser direcionadas de acordo com quatro linhas temáticas: 1) Recuperação do solo, 2) Recuperação da água, 3) Recuperação da biodiversidade e 4) Tecnologias sociais.

As linhas foram definidas após debates com pesquisadores de diferentes áreas que, durante um workshop realizado no início de dezembro do ano passado, apresentaram sugestões e demandas que atenderiam com maior eficácia a área impactada.

De acordo com o presidente da Fapemig, Evaldo Ferreira Vilela, o que se espera são produtos e tecnologias que busquem soluções para problemas que atingem as regiões afetadas.

“Os projetos podem até resultar em artigos e livros, mas não é esse o foco. Estamos em busca de tecnologias que ajudem na recuperação do meio ambiente, e que também levem em consideração as populações afetadas”, diz Vilela. Por isso, a chamada prevê que, a cada seis meses, os pesquisadores forneçam relatórios de acompanhamento para verificar os avanços das iniciativas.

A seleção compreende três etapas: enquadramento, análise de mérito e homologação. As propostas que se enquadrarem nos termos desta chamada serão analisadas por uma Comissão Especial de Julgamento, formada por pesquisadores indicados pela Fapemig e pela Capes.

Serão considerados mérito técnico, científico, relevância, adequação do orçamento, qualificação da equipe, e resultados esperados. A classificação será em ordem de prioridade.

As propostas que obtiverem pelo menos 70% da pontuação máxima, em cada item, serão classificadas. Serão priorizadas as propostas com potencial de aplicação a curto prazo. Por último, as propostas recomendadas e classificadas na etapa anterior serão homologadas pela Diretoria Executiva da Fapemig e pela Capes.

O resultado final da seleção das propostas será publicado no Diário Oficial do Estado de Minas Gerais, em forma de extrato e, na íntegra, na página da Fapemig, no endereço www.fapemig.br, e na página da Capes, no endereço www.capes.gov.br.

Rio Doce, em Governador Valadares – Foto: Agência Minas

Parcerias

Durante o evento de lançamento da chamada, foram assinados, ainda, dois acordos de cooperação. Um deles, com a Fapes, prevê a elaboração de uma nova chamada pública com foco na recuperação das condições socioambientais dos municípios afetados pelo rompimento da barragem. Essa chamada vai privilegiar propostas em rede, ou seja, apresentadas por grupos que incluam pesquisadores dos dois estados ou mais.

O outro acordo foi assinado com a Capes e prevê a colaboração mútua para implementação de ações e programas que visem ao aprimoramento de competências na área de desastres naturais.

Mais de R$ 30 milhões para pesquisas

O presidente da Fapemig anunciou também o lançamento de outras três chamadas que, juntas, totalizam um investimento de quase R$ 40 milhões. Uma delas é a Demanda Universal, que apoia pesquisas em todas as áreas do conhecimento. Já tradicional na instituição, ele prevê um investimento de R$ 23 milhões e receberá propostas até 28 de março.

Também foi lançada a chamada Programa Pesquisador Mineiro (PPM), que financia, por meio da concessão de apoio financeiro mensal (grants), pesquisadores vinculados a projetos de pesquisa científica, tecnológica ou de inovação em desenvolvimento. Serão investidos R$ 8 milhões e as propostas devem ser enviadas até 14 de março.

Já a chamada para a Bolsa de Incentivo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Tecnológico (BIPDT) irá apoiar, por meio da concessão de bolsas, pesquisadores que são servidores públicos estaduais. As submissões podem ser feitas até o dia 21 de março e os recursos são da ordem de R$ 2 milhões.

Outras informações podem ser obtidas com a Central de Informações da Fapemig pelo e-mail: ci@fapemig.br.

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