Adolescente que desapareceu em Belo Horizonte é encontrada em João Monlevade

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Fim do drama para a família da adolescente Débora Maranhês, de 15 anos, desaparecida desde a noite do sábado (20/02) ao voltar do cinema com as amigas na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. A estudante foi encontrada nesta segunda-feira (22/02) em João Monlevade, a 100 quilômetros da capital, na Região Central do estado.

A família recebeu notícias da adolescente durante a madrugada. Segundo a mãe, Sandra Maranhês, Débora contou que foi assaltada por dois homens armados dentro do ônibus e forçada a entrar em um carro. “Ela foi abandonada no meio da estrada, andou muito, até chegar mesmo em Monlevade. Bateu em algumas portas até que um filho de Deus resolveu abrir e ligou para a polícia”, conta.

Conforme Sandra, policiais militares foram até a casa onde a adolescente estava abrigada, no Bairro Nova Esperança, e a levaram ao quartel, onde as duas se encontraram nesta manhã. “Está machucada, foi bastante agredida”, detalha. “Levaram o chip do celular, identidade, para que ela demorasse a entrar em contato”. Ainda de acordo com Sandra, a filha não soube dar mais detalhes do caso.

O desaparecimento de Débora mobilizou milhares de pessoas pela internet e ganhou repercussão rapidamente. Uma postagem da página oficial do Colégio Santo Antônio – onde a adolescente estuda – comunicando o desaparecimento já contava com mais de 21 mil compartilhamentos até o início desta manhã.

Adolescente diz à polícia que foi sequestrada perto da rodoviária

A estudante recebeu alta nesta tarde do Hospital Margarida, em João Monlevade. Ela passou por uma bateria de exames de imagem, que não constataram nenhuma fratura. A estudante, segundo a assessoria de imprensa do hospital, sofreu apenas escoriações. A menina deixou o local às 16h acompanhada de familiares.

A Polícia Civil já investiga as circunstâncias do desaparecimento. “Débora foi encaminhada à Delegacia de Plantão em João Monlevade, onde contou ao delegado que foi sequestrada quando desceu de um ônibus próximo ao Terminal Rodoviário da capital”, detalhou a corporação, por meio de nota. “A vítima apresentava algumas escoriações pelo corpo. Foram roubados R$ 60 e o celular que estavam com Débora. O delegado de plantão em Monlevade expediu uma guia de corpo de delito, e a garota foi entregue à mãe”.

Ainda segundo a Polícia Civil, a equipe já está em contato com a família e Débora foi convidada a comparecer a uma delegacia para prestar depoimento, a fim de apurar detalhes do crime. No entanto, não se trata de uma intimação, já que ela é vítima.

“O depoimento prestado por vítimas de casos de desaparecimento depois da localização é necessário para a verificação de ocorrência de crimes, por isso é importante que a família informe à polícia sobre a localização ou retorno voluntário da vítima para casa”, explica a Polícia Civil.

Entenda o caso

Débora saiu de casa por volta das 14h de sábado para ir ao cinema com as amigas. De lá, o grupo seguiu para a Praça da Liberdade, onde encontrou outras adolescentes. “Na volta para casa, uma amiga dela me contou que as duas seguiram a pé até o ponto de ônibus. Essa amiga disse que minha filha entrou no ônibus”, conta Sandra.

O último registro era de que a adolescente pegou um ônibus da linha 4111 (Dom Cabral/Anchieta) na volta para casa, às 20h30, na Avenida Cristóvão Colombo, na região da Savassi. Desde então, a família não havia recebido mais notícias. O celular de Débora estava desligado.

O caso foi registrado na Delegacia Virtual, já que a Delegacia de Desaparecidos não tem plantão. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, a delegacia já entrou em contato com a família da adolescente, e ela foi convidada a prestar depoimento, mas ainda não há uma data marcada. A sequência das investigações vai depender das informações prestadas pela estudante à Polícia Civil.

(Fonte: Estado de Minas / Repórter: Cristiane Silva)

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