O Horário de Verão termina à zero hora do próximo domingo (21/2), e os relógios devem ser atrasados em uma hora nos estados que adotam essa medida de redução da demanda de energia elétrica do Governo Federal. Nos 126 dias de vigência desta edição, a Cemig constatou, em sua área de concessão, uma redução diária da demanda máxima de 4%, o que equivale a 350 MW.
Esse valor é suficiente para atender, durante todo o período do Horário de Verão, o pico de carga de uma cidade de 750 mil habitantes, equivalente à soma das cidades de Juiz de Fora e Sete Lagoas (MG). Além disso, com relação ao consumo de energia, foi obtida em Minas Gerais uma economia de 0,5%, que representa 108 GWh. Essa energia economizada é suficiente para abastecer Belo Horizonte durante nove dias.
De acordo com o engenheiro de planejamento energético Wilson Fernandes Lage, da Cemig, a redução da demanda máxima no Sistema é o maior benefício do horário de verão, “porque alivia o carregamento nas linhas de transmissão, transformadores, sistemas de distribuição e unidades geradoras de energia, aumentando a confiabilidade e a segurança da operação do sistema elétrico, reduzindo o risco de ocorrência de apagões no Sistema Interligado Nacional (SIN)”.
Segundo informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a redução de consumo proporcionada no país pelo Horário de Verão na edição passada foi incorporada ao armazenamento dos reservatórios das usinas hidrelétricas do País, agregando 0,4% ao armazenamento da região Sudeste/Centro-Oeste e 1,3% ao armazenamento da região Sul.
“Para os consumidores residenciais e comerciais, a economia é percebida na menor utilização da iluminação artificial. Eles poderiam ter um consumo de até 30 horas a mais por mês com a iluminação, sem o Horário de Verão”, explica Wilson Lage.