Agentes de segurança pública de Minas Gerais protestam contra escalonamento de salários

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Agentes de segurança pública de Minas Gerais protestaram na tarde desta terça-feira (02/02) na Praça da Assembleia Legislativa, no Bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. A categoria, que reúne policiais civis e militares, delegados e agentes penitenciários, está insatisfeita com a decisão do governo de pagar parte dos salários dos servidores de forma escalonada.

“Isso é uma forma de reclamarmos do pagamento escalonado dos salários. Trabalhamos 30 dias integralmente. Tem quase 10 anos que recebemos no 5º dia útil. É um benefício que temos. Os agentes de segurança são contra isso”, explica o delegado Marco Antônio de Paula Assis, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Minas Gerais (Sindepominas).

Em janeiro o governo de Minas anunciou que 75% dos servidores, que somam 477 mil funcionários públicos do estado, que ganham até R$ 3 mil, receberiam os salários integralmente até o 5º dia útil a partir de fevereiro. Os outros 25% do funcionalismo teriam o pagamento escalonado. Ou seja, 100% dos servidores vão receber R$ 3 mil até o quinto dia útil e o restante do pagamento nas seguintes datas: para quem ganha até R$ 6 mil, a segunda parte será paga em 12 de fevereiro. Acima desse teto de R$ 6 mil, receberá em três vezes, nos dias 5,12 e 16 de fevereiro. A medida se estende ao salário de março, referente ao mês de fevereiro.

Segundo o delegado Marco Antônio, uma paralisação pode ser iniciada no quinto dia útil caso o salário seja escalonado. “Se acontecer, vamos trabalhar 25% dos serviços diários. Uma parte vai trabalhar das 13h às 17H e de 1h às 5h,” disse o presidente do Sindepominas.

Por volta das 15h, os manifestantes, cujo número não foi devidamente precisado, partiram em direção à Praça da Liberdade, deixando o trânsito lento. Com a chegada dos manifestantes, por volta das 16h, a Avenida Brasil foi fechada no encontro com a Praça da Liberdade.

Após um abraço simbólico em torno da unidade do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), o ato foi encerrado, por voltadas 16h20, com gritos de ordem, ameaçando parar, caso o salário não seja pago de forma integral. Novo protesto foi marcado para 2 de março.

Em nota, o governo de Minas afirmou que tem adotado a política de “transparência e diálogo” com as entidades de sindicais. Sobre o escalonamento, a administração estadual destacou que a medida é em caráter “emergencial” diante do cenário de déficit orçamentário. “O governo vem adotando medidas austeras para reduzir os gastos públicos e estimular a arrecadação, a fim de superar as dificuldades financeiras que afetam todos os estados brasileiros e a União”, esclarece a nota.

Agentes de segurança protestam em Belo Horizonte (Foto: João Henrique do Vale/EM/D.A Press)

(Fonte: Estado de Minas / Repórter: João Henrique do Vale)

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