O diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, prestou, na manhã desta sexta-feira (27/11), depoimento à Polícia Civil de Minas Gerais sobre o rompimento da barragem da empresa, ocorrido no dia 5 de novembro, em Mariana. Durante uma hora e quinze minutos, ele foi interrogado pelo delegado Aloísio Daniel Fagundes na Delegacia Especializada de Crimes contra o Meio Ambiente, no bairro Carlos Prates, em Belo Horizonte.
Acompanhado por dois advogados, Vescovi chegou à delegacia quase uma hora antes do horário marcado para o depoimento, iniciado às 9h15. O delegado não revelou detalhes da oitiva, afirmando apenas que foi importante para conhecer a estrutura da empresa. “Conseguimos visualizar melhor o organograma e entender as responsabilidades de cada área, o que vai nos direcionar melhor para a busca de outras informações daqui pra frente”, explicou.
Na tarde de quinta-feira (26/11), o delegado Aloísio Fagundes colheu depoimento da bióloga Daviely Rodrigues Silva, gerente de Geotecnia e Hidrogeologia da Samarco. Com isso, sobe para 11 o número de pessoas ouvidas somente em Belo Horizonte no inquérito policial presidido pelo delegado regional de Ouro Preto, Rodrigo Bustamante. Outras cinco pessoas já foram ouvidas em Mariana.
Até o início da manhã de hoje, o inquérito policial aberto um dia após o rompimento da barragem já somava mais de 160 páginas, incluindo, além dos depoimentos, guias periciais expedidas, documentos anexados para análise, informações colhidas por investigadores junto à população de Bento Rodrigues e outros documentos.
Nos primeiros 20 dias de apuração, completados na quinta-feira (26/11), as análises de documentos e os primeiros levantamentos da perícia criminal subsidiaram os delegados para a fase mais intensa de depoimentos, que prevê cerca de 60 pessoas interrogadas até o fim de dezembro. (Agência Minas)