Cemig disputa leilão para operar usinas que se recusou a renovar

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“O que está feito, não está por fazer”. A frase shakespeariana do drama Macbeth poderia muito bem servir para a Cemig, mas o presidente da estatal mineira, Mauro Borges Lemos, quer mudar essa história. Depois que a diretoria anterior se recusou a renovar a concessão de 18 usinas em 2012, nos termos da medida provisória 579/2012, Borges busca agora recuperar seu parque gerador e manter a operação das suas barragens, localizadas nos rios de Minas Gerais. Nesta quarta-feira (25/11), a Cemig participa do leilão promovido pelo Governo Federal que vai relicitar 14 dessas usinas.

Essas barragens foram construídas pela própria Cemig há 50 anos ou mais e ninguém sabe operá-las melhor. A Usina Três Marias, no Rio São Francisco, é considerada fundamental para a manutenção da vazão do Velho Chico para o Nordeste, especialmente em uma época de seca como a região vive atualmente. “Nós consideramos que temos muito mais capacidade organizacional do que qualquer outra operadora para fazer o manejo dessas usinas cujas concessões eram da Cemig. Não é só o manejo da geradora. Tem o manejo das barragens, que é fundamental. Uma barragem como Três Marias, por exemplo, envolve toda a comunidade dessa região”, disse o presidente Mauro Borges.

As negociações com a União para a retomada dessas usinas se iniciaram logo após o resultado da eleição para o governo estadual ser definido em primeiro turno e se intensificaram nos últimos meses com reuniões no Ministério de Minas e Energia para viabilizar a participação no leilão de 25 de novembro próximo.

O diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Cemig, Luiz Fernando Rolla, considera o leilão atrativo, especialmente, pelo pagamento da bonificação de outorga das usinas, introduzido este ano. Ele explica que, de acordo com a medida provisória, as renovações das concessões envolviam um contrato de prestação de serviços para operação e manutenção. “Agora, não só haverá esse contrato como também o compromisso de investimentos em melhoria nas usinas e o pagamento de outorga, três componentes que, ao preço estabelecido pelo governo federal, tornaram o leilão economicamente atrativo à Cemig”, afirmou o diretor, durante a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2015.

Se a Cemig sair vitoriosa desse certame, ganham a empresa, o sistema elétrico, o consumidor e os moradores do entorno dos reservatórios, pois é mais uma garantia de que as usinas continuarão gerando energia com segurança pelas próximas décadas, como sempre fizeram. (Ascom Cemig)

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